“The Voice Kids” é disputa desigual e injusta, mas o que vale é a “fofura”
Mauricio Stycer
10/03/2019 17h51
A imagem acima mostra Lanna Moutinho, Malu Casanova, Maria Clara Nery e Pedro Miranda. Sem saber o que fazem ali, eu diria que Malu, de 13 anos, está tomando conta de Lanna, Maria Clara, ambas de 9, e Pedro, de 11.
Reproduzi esta foto porque ela "grita" em defesa de um argumento que tenho repetido há anos. Não faz muito sentido, em matéria de disputa musical, colocar crianças e adolescentes num mesmo concurso. É uma competição desigual e, por isso, injusta. Eles deveriam disputar em categorias diferentes, uma Kids e outra Teen.
Mas a questão é outra neste programa. O "The Voice Kids" não é uma competição musical, mas de fofura. É entretenimento dominical destinado a fazer o público sorrir e chorar, a se encantar com essas crianças desembaraçadas e corajosas.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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