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Focado na fofura, “Junior Bake Off” acerta ao evitar discursos chatos

Mauricio Stycer

31/03/2019 00h33

O menino Fred, de 11 anos, terminou em segundo lugar no "Junior Bake Off Brasil"

Encerrada neste sábado (30), a segunda temporada do "Junior Bake Off" foi tão engraçada quanto a primeira. "Muitas receitas, muitos desastres e muita diversão", como bem resumiu a apresentadora Nadja Haddad.

A troca de apresentadora (Nadja substituiu Carol Fiorentino) e de um dos jurados (Olivier Anquier entrou no lugar de Fabrizio Fasano) não afetou em nada a competição de culinária protagonizada por crianças. A confeiteira Beca Milano foi a segunda jurada.

Diferentemente do "The Voice Kids", que mistura crianças pequenas e adolescentes, entre 9 e 15 anos, o "Junior Bake Off" é estritamente infantil, com participantes entre 7 e 12 anos. Só fofura, em resumo

Assim como na primeira temporada, o programa deste ano privilegiou crianças engraçadas e desinibidas. O horário, a partir das 22h30, indica que o público-alvo é adulto. Seria interessante ver o programa em horário diurno.

A preocupação em apoiar e estimular as crianças é evidente, mas o trio que comanda o "Junior Bake Off" não exagera na bajulação nem faz discursos de autoajuda, chatos, como os feitos pelos jurados do "The Voice Kids". A competição do SBT é muito mais leve do que a da Globo.

A final foi disputada por cinco participantes: Enzo (10 anos), Fred (11), Gian Lucca (12), Gigi (8) e Manoela (8). Três foram eliminados na difícil prova técnica (fazer uma casa com biscoito) e Fred e Gigi (foto ao lado) foram à última etapa. A menina venceu.

Antes do resultado final, todos os participantes foram premiados com o avental do programa. Pedrinho, o caçula, com 7 anos, ainda ganhou um mimo – um miniavental para um pequeno tigre de pelúcia que o acompanhou na competição.

O SBT deveria apostar em mais programas como "Junior Bake Off" – uma atração leve e familiar, sem muita produção, mas bem cuidada e com cara de nova.

Globo e SBT disputam torneio de fofura com competições infantis

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.