Em defesa de nova lei, Moro indica filmes com Johnny Depp e Brian Cranston
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro inaugurou uma conta no Twitter na última quinta-feira (4) com o objetivo, explicou, de "divulgar os projetos e as propostas" da pasta. Sua presença na rede social gerou comoção e, como não poderia deixar de ser, várias piadas.
Desde então, Moro tem usado o Twitter para explicar algumas das medidas do seu projeto de lei anticrime enviado ao Congresso. Na sexta-feira, (5) por exemplo, publicou várias mensagens defendendo que "audiência por videoconferência do réu preso passe a ser a regra e não mais exceção".
Neste domingo (7), o ministro se dedicou a defender uma proposta que aprimora a atuação de policiais disfarçados com o objetivo, escreveu, de "revelar grandes esquemas de venda de drogas, armas ou de lavagem de dinheiro".
Em uma das mensagens sobre o assunto, Moro escreveu: "Já assistiu aqueles filmes norte-americanos com agentes policiais disfarçados infiltrando-se em gangues de criminosos, traficantes ou corruptos? Como 'Donnie Brasco' ou 'The Infiltrator' e que retratam casos reais".
De fato, ambos os filmes giram em torno da ação de policiais disfarçados e são inspirados em histórias reais, mas tomam inúmeras liberdades, como sempre ocorre no cinema.
"Donnie Brasco" (1997) é um filme bem conhecido. Chegou a merecer uma indicação ao Oscar de melhor roteiro adaptado, mas não levou. Dirigido por Mike Newell (também diretor de "Harry Potter e o Cálice de Fogo"), traz Johnny Depp no papel do policial Joe Pistone, em ação em Nova York, nos anos 1970. Ele se infiltra, disfarçado como um ladrão de joias chamado Donnie Brasco, numa organização mafiosa, e ganha a confiança de Lefty Ruggiero (Al Pacino).
O filme está disponível no catálogo do Crackle, mas o serviço de streaming da Sony vai deixar de funcionar no Brasil em 30 de abril.
Em 2015, numa parceria entre a Sony e a Televisa, o filme deu origem a uma série, chamada "El Dandy". Exibida em 2017, não fez maior sucesso e teve apenas uma temporada.
Já "The Infiltrator", traduzido no Brasil como "Conexão Escobar", é um filme de 2016, dirigido por Brad Furman, inspirado em uma história real ocorrida na década de 1980. Brian Cranston vive Robert Mazur, um policial federal da alfândega dos EUA que se faz passar por traficante para se infiltrar na quadrilha de Pablo Escobar.
Disponível no catálogo da Netflix, o filme ganhou apenas uma estrela do crítico Inácio Araujo, na "Folha": "No fim, à parte a boa direção de atores, destaque-se a habilidade em evitar certos clichês irritantes (tipo traficantes que não param de cheirar, ambientes e trajes de mau gosto exagerado) desse tipo de filme".
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