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Após caso Dony, Globo vai revisar regras sobre “frilas” de jornalistas

Mauricio Stycer

01/08/2019 13h15

O jornalista Dony de Nuccio, ex-apresentador do telejornal Hoje

A demissão de Dony de Nuccio, apresentador do telejornal "Hoje", levou a Globo a rever as regras sobre os serviços de free-lancer, fora do horário de trabalho, que os jornalistas da emissora são autorizados a fazer.

Dony pediu demissão após o jornalista Daniel Castro, do site Noticias da TV, demonstrar que ele atuou como um empresário de comunicação, oferecendo serviços e negociando valores com o banco Bradesco, o que é expressamente proibido pelas regras internas da Globo.

Em comunicado após o anúncio da saída de Dony, a Globo informou que outros jornalistas da emissora manifestaram dúvidas sobre o que podem ou não fazer em matéria de prestação de serviços para terceiros. Por isso, uma nova regulamentação será divulgada informando "o que é proibido e o que não é, em detalhes, levando em conta a era digital em que vivemos".

Na última segunda-feira (29), o jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, revelou que a Globo estava solicitando informações sobre eventuais serviços externos e/ou negócios paralelos mantidos por jornalistas da emissora. A informação foi negada pela Globo.

Veja abaixo o comunicado nesta quinta-feira:

"A direção de Jornalismo da Globo informa que foi procurada por alguns de seus jornalistas que relataram que foram contratados por terceiros para participação em eventos institucionais gravados em vídeo, mas sempre com proibição expressa de que as imagens fossem veiculadas ao público externo ou a clientes. Em alguns casos, a participação se deu com autorização da Globo por não ferir as políticas atuais da empresa. Em outros casos, a participação foi inadequada, mas sem má-fé. Todos informaram que não possuem empresas prestadoras de serviços de marketing, assessoria de imprensa ou de projetos de comunicação empresarial. A Globo, ciente agora de que persistem em algumas dúvidas sobre como agir diante de convites, informou que em breve um comunicado reiterará o que é proibido e o que não é, em detalhes, levando em conta a era digital em que vivemos."

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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