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Datena esclarece comentário: “Jamais iria desejar a morte do Bolsonaro”

Mauricio Stycer

16/09/2019 00h57

Uma frase solta, dita por Jose Luiz Datena no "Brasil Urgente", na Band, levou muita gente a achar que o apresentador desejou a morte do presidente Jair Bolsonaro. Neste final de semana, ele tentou esclarecer o mal-entendido, ou "fake news", como chamou. "Eu desejo morte de muitas poucas pessoas. Jamais desejaria do presidente da República, mesmo porque eu gosto dele", disse.

A confusão teve origem no programa de sexta-feira. Após a exibição de uma reportagem sobre a tragédia no Hospital Badim, no Rio, Datena chamou a repórter Kelly Dias para dar informações sobre o estado de saúde do presidente, que está internado em São Paulo, em um hospital da mesma rede, o Vila Nova Star. "Este hospital que o Bolsonaro está é da Rede D'Or, não é?" Diante da resposta afirmativa, o apresentador completou: "Pois é, não pegou fogo".

A frase ficou no ar, sem maiores esclarecimentos, deixando muitos espectadores perplexos. Um vídeo com este trecho do programa caiu na rede e logo viralizou.

No longo desabafo que fez, Datena começou dizendo: "Eu quero deixar uma coisa bem clara pra vocês: eu gosto do presidente Jair Bolsonaro, eu gosto do Bolsonaro. Pronto, acabou, simples assim. Eu gosto do Bolsonaro. Já falei três vezes".

Em seguida, observou: "O que tem de gente que todo dia torce para que eu morra. Geralmente é canalha, vagabundo, sem vergonha. A mesma coisa, tem gente que torce para o Jair Bolsonaro morrer também."

O apresentador continuou: "E ontem porque eu disse que pegou fogo no mesmo hospital onde está internado o Bolsonaro, só que no Rio, da mesma rede, algum crápula, vagabundo, sem vergonha, disse que eu estava desejando a morte do presidente. Isso é uma palhaçada, uma mentira, uma canalhice. O que chamam de fake news é canalha, vagabundo, sem vergonha que fica espalhando esse tipo de notícia em rede social".

Datena voltou a falar do seu apreço por Bolsonaro: "Não concordo com um monte de coisa que ele fala. Não concordo com um monte de coisa que ele faz. Concordo com muitas também. Mas eu gosto pra caramba do presidente, jamais iria desejar a morte do presidente."

E encerrou insistindo que foi vítima de fake news: "Quem fez essa fake news eu quero que vá pra… casa dele, o canalha que fez essa fake news. Está esclarecido aí ô seu babaca que criou essa situação na rede social? Está esclarecido, seu imbecil que criou isso na rede social? Aliás, estimo as melhoras ao presidente."

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.