Com crítica à Record e piada com Gentil, Paulo Vieira cresce no Se Joga
Mauricio Stycer
07/10/2019 16h09
E no sexto episódio de "Se Joga", ficou claro que o trio de apresentadores do novo programa deveria incorporar um quarto elemento. Nada contra Fernanda Gentil, Érico Brás e Fabiana Karla, muito pelo contrário, mas Paulo Vieira está mostrando que tem lugar para ele neste estúdio da Globo.
O comediante brilhou muito nesta segunda-feira (07). Logo na entrada ao vivo, falando de brincadeiras da infância, convidou Fernanda Gentil a andar em cima de duas latinhas. E debochou de um problema crônico desta faixa horária da Globo: o Ibope: "Se quebrar o pé chora que dá audiência", sugeriu para a apresentadora.
Na sequência, durante o quadro "Isso É Muito Minha Vida", uma versão recauchutada do "Emergente como a Gente", que ele apresentava no "Programa do Porchat", na Record, Vieira deu uma cutucada na ex-emissora, que evita falar sobre símbolos religiosos católicos.
Aliás, nesta segunda-feira, o "Se Joga" usou um vídeo exclusivo de um concorrente, o SBT, incluindo o áudio do colunista Leo Dias, e abriu espaço a uma critica ao jornal "O Globo", que há alguns dias noticiou: "Isis Valverde deixa o filho, Rael, com o marido no Rio para ir ao desfile da Dior em Paris".
Provocada por Fernanda Gentil a comentar a notícia, a atriz disse: "Eu achei… cômico", reagiu. "Por quê?", quis saber a apresentadora. "Porque eu não posso deixar meu filho com o marido para poder… né? É um pecado? É um crime?", criticou.
Fugir da pecha de "chapa-branca" é necessário caso o "Se Joga" deseje ir além da "fofoca humanizada", termo citado por Fernanda Gentil ao apresentar o programa e hoje reproduzido pela concorrência ao informar os índices diários de audiência.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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