Especial 60 Anos de Telenovelas - Os crimes que abalaram as novelas e a opinião pública
Se um crime real já abala a opinião pública e mexe com o brio das pessoas, imagina se vier embalado pelas emoções de uma novela! Nestes 60 anos de teledramaturgia, conhecemos os mais sórdidos assassinos, capazes dos atos mais baixos para atingir seus objetivos. A criatividade do novelista brasileiro mostrou ser ilimitada na hora de criar um crime de ficção.
Janete Clair foi uma das primeiras a usar o "quem matou?". E não foi intencional. Ela precisava se livrar do personagem de Geraldo Del Rey na novela Véu de Noiva, em 1969. Criou então o mistério acerca do assassinato de Luciano, jogando pistas para o telespectador montar o quebra-cabeça. A identidade do assassino foi revelada apenas no final. Começou então uma longa história de assassinatos em nossos folhetins.
O auge se deu no dia 8 de julho de 1978, quando o Brasil parou – literalmente – para descobrir quem era o assassino de Salomão Hayalla (Dionísio Azevedo), em O Astro, também de Janete Clair. Ruas vazias. Festas interrompidas. Solenidades, shows, cinemas e espetáculos de teatro adiados para depois da novela. Ninguém ficou imune ao misterioso crime. A revelação do assassino frustrou o público: era o suspeito mais óbvio, Felipe (Edwin Luisi), ex-amante de Clô (Tereza Rachel), a mulher da vítima. Em 2011, a Globo levou ao ar uma nova versão da novela, e desta vez o resultado foi outro: entre os três responsáveis pelo crime, Clô (Regina Duarte) foi quem deu o empurrãozinho fatal no marido.
No finalzinho de 1988, mais uma comoção coletiva: a megera Odete Roitman (Beatriz Segall) foi morta com três tiros à queima-roupa, em Vale Tudo, de Gilberto Braga. O mistério durou apenas 13 dias, mas mobilizou a população brasileira. Apostas pelo país afora especulavam quem seria o responsável pelo crime. No último capítulo, revelou-se que Leila (Cássia Kiss) atirara na vítima pensando que fosse Fátima (Glória Pires) quem estivesse no apartamento com seu marido, Marco Aurélio (Reginaldo Faria).
A maior prova da aceitação de uma trama policial é quando ela suplanta a trama romântica da novela. O Rebú (1974/1975) inovou ao apresentar um crime ocorrido durante uma festa, onde a indagação não era somente o "quem matou?", mas também o "quem morreu?". Em A Próxima Vítima (1995), o barato era tentar saber quem seria a próxima vítima do serial killer da novela. Crimes foram ocorrendo ao longo da trama e, ao final, revelou-se a identidade do assassino.
Quem não gosta de bancar o detetive? Hoje, o "quem matou?" pode até estar banalizado – virou um recurso recorrente nas novelas, que o autor usa para chamar a atenção do público. Mas ainda tem o seu charme. E não há dúvidas de que desperta a curiosidade do telespectador e aumenta a audiência.
Teste seus conhecimentos sobre 12 asssassinatos que marcaram a nossa TV!














ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.