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Abertura de Aquele Beijo: clara homenagem à telenovela feita com beijos foscos

Nilson Xavier

03/01/2012 11h41

Em 2011, a novela brasileira completou 60 anos de existência, e a trama das sete horas da Globo,  Aquele Beijo, presta uma homenagem ao gênero telenovela. Tem a personagem que usa um tapa-olho combinando com o vestido – um clássico do folhetim mexicano -, tem a história da outra que morreu enquanto assistia a uma novela mexicana – outra referência.

Mas é na abertura de Aquele Beijo que a homenagem se evidencia: uma sequência de famosos beijos da teledramaturgia brasileira. Lembra de leve a abertura da novela Final Feliz (1982/1983), em que eram apresentados beijos do cinema clássico. Em Aquele Beijo, as cenas aparecem como se estivessem entre nuvens cor-de-rosa (ou algodão doce, como queiram), sendo traçadas por um risco de batom.

Por uma questão de "estilo", a abertura da novela tem uma imagem desfocada. Só que isso é um problema para os amantes da teledramaturgia, afoitos por identificar os atores ou as novelas de onde os beijos foram tirados. Os nove beijos apresentados aparecem muito rápido, alguns, de um ângulo ruim, o que dificulta ainda mais a identificação.

A sequência de beijos muda de tempos em tempos. Na última semana de 2011, aconteceu a terceira alteração. E, desta vez, um dos beijos –  o quinto na ordem – ficou impossível de saber de onde foi tirado: aparece apenas a silhueta de um casal sobre o sol. Já houve quem dissesse – em tom de brincadeira – que é o beijo gay que foi proibido na novela América, entre Bruno Gagliasso e Erom Cordeiro!

O último beijo também está difícil de identificar à qual novela pertence. O ator parece ser Cláudio Marzo, mas não dá para saber quem é a atriz que ele beija. As opções até agora são: Nívea Maria em Olhai os Lírios do Campo, Maria Cláudia em Pão-Pão Beijo-Beijo, ou Regina Restelli ou Susana Vieira em Bambolê. Talvez nem seja o Marzo! Alguém tem outro palpite?

A homenagem é válida. O estilo da abertura deve ser respeitado. A maioria dos beijos é identificada apenas por quem conhece bem a história das nossas telenovelas. Mas mesmo para quem não conhece, seria um bom estímulo aguçar a curiosidade. Só acho que, se era para ser uma homenagem, apresentar uma cena de beijo que não diz nada, soa como um tiro no pé!

Link de Aquele Beijo no site Teledramaturgia

Beijos da primeira abertura:

José Mayer e Helena Ranaldi (Laços de Família) | Lima Duarte e Maitê Proença (O Salvador da Pátria)

Walmor Chagas e Aracy Balabanian (Locomotivas) | Susana Vieira e José Wilker (Anjo Mau)

Giovanna Antonelli e Murilo Benício (O Clone) | Eduardo Moscovis e Carolina Ferraz (Por Amor)

Taumaturgo Ferreira e Malu Mader (Top Model) | Dina Sfat e Francisco Cuoco (O Astro)

Cláudio Marzo e Regina Duarte (Irmãos Coragem)

Beijos da segunda abertura:

Eduardo Moscovis e Adriana Esteves (O Cravo e a Rosa) | Jardel Filho e Sandra Bréa (O Bem Amado)

Camila Pitanga e Antônio Fagundes (Insensato Coração) | Cláudio Marzo e Norma Blum (Senhora)

Nicette Bruno e Ary Fontoura (Sete Pecados) | Cauã Reymond e Bianca Bin (Cordel Encantado)

Giulia Gam e Edson Celulari (Que Rei Sou Eu?) | Nicola Siri e Lavínia Vlasak (Mulheres Apaixonadas)

Ângelo Antônio e Letícia Sabatella (O Dono do Mundo)

Beijos da terceira abertura:

Nívea Maria e Mário Cardoso (A Moreninha) | Antônio Fagundes e Sônia Braga (Dancin´Days)

Tereza Seiblitz e Edson Celulari (Explode Coração) | Francisco Cuoco e Regina Duarte (Selva de Pedra)

Edson Celulari e Cláudia Raia (Deus Nos Acuda) ! Betty Faria e Francisco Cuoco (Pecado Capital)

Renata Sorrah e Lima Duarte (Pedra Sobre Pedra) | Guilherme Fontes e Glória Pires (Mulheres de Areia)

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Sobre o autor

Nilson Xavier é catarinense e mora em São Paulo. Desde pequeno, um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: em 2000 lançou o site Teledramaturgia (http://www.teledramaturgia.com.br/), cujo sucesso o levou a publicar o Almanaque da Telenovela Brasileira, em 2007.

Sobre o blog

Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

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