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As Periguetes invadem as novelas

Nilson Xavier

06/05/2012 01h07

As periguetes estão em alta nas novelas globais. E já faz um tempo. Suelen é uma das personagens mais populares de Avenida Brasil. Ísis Valverde brilha na pele da maria-chuteira oferecida que usa o corpo para conseguir o quer. Muito a vontade na personagem, a atriz afasta para sempre o estigma de Rakelli, que viveu na novela Beleza Pura, em 2008. Suas insinuações para os rapazes na frente do "ficante" Leandro (Thiago Martins), e os seus bate-bocas com Roni (Daniel Rocha Azevedo) são diversão na certa.

A novela das sete, Cheias de Charme, também tem uma periguete à altura de Suelen. Brunessa é a funkeira abusada que faz qualquer coisa por dinheiro e, tal qual sua colega de Avenida Brasil, usa o corpo como uma arma poderosa. A personagem é interpretada pela atriz Chandelly Braz, estreante em novelas (ela participara da série Clandestinos, o Sonho Começou, em 2010).

Às seis da tarde, em Amor Eterno Amor, Andreia Horta vive Valéria, uma moça da ilha de Marajó um tanto quanto "atirada", que faz qualquer coisa pelo seu amor, Carlos (Gabriel Braga Nunes). Romântica, mas não menos periguete, o corpo – de novo – é a arma que ela usa para prender seu homem.

As novelas anteriores também tinham sua cota-periguete. Em A Vida da Gente, a cerejinha Cris (Regiane Alves) até se deu bem por um tempo, ao fisgar o ricaço Jonas (Paulo Betti), mas o casório não durou até o último capítulo. Fina Estampa teve uma das maiores periguetes de todos os tempos: Theodora (Carolina Dieckmann), que até mostrou ser boa gente ao aproximar-se do filho pequeno, mas nem por isso deixou de lado os métodos sórdidos para conseguir o queria. Da mesma novela, saiu a periguetinha funkeira Solange (Carol Macedo), que só queria saber de rebolar até o chão.

Em Insensato Coração, era Natalie Lamour, vivida por Deborah Secco, quem fazia qualquer coisa para se dar bem e estar diante dos holofotes. Aliás, Deborah interpretou outras periguetes parecidas: a deslumbrada Darlene de Celebridade (2003-2004), a sonsa Céu de A Favorita (2008), e a maria-chuteira Marina de Suave Veneno (1999).

Mas a lista é grande: Thaísa (Fernanda Souza em Ti-Ti-Ti), Elvira (Bárbara Borges em Bela, a Feia), Norminha (Dira Paes em Caminho das Índias), Gislaine (Juliana Alves em Duas Caras), Valquíria (Renata Dominguez em Amor e Intrigas), Bebel (Camila Pitanga em Paraíso Tropical), Leona (Carolina Dieckmann em Cobras e Lagartos), Creusa (Juliana Paes em América), Karla com K (Juliana Paes em O Clone),  Sandrinha (Adriana Esteves em Torre de Babel), Mary Matoso (Patrícia Travassos em Vamp), Clara (Cláudia Abreu em Barriga de Aluguel), Nicinha (Marisa Orth em Rainha da Sucata), Fátima (Glória Pires em Vale Tudo), Tina Pepper (Regina Casé em Cambalacho), Marilda (Elizângela em Roque Santeiro), Carolina (Lucélia Santos em Guerra dos Sexos).

Cite outras periguetes que você lembra!

Sobre o autor

Nilson Xavier é catarinense e mora em São Paulo. Desde pequeno, um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: em 2000 lançou o site Teledramaturgia (http://www.teledramaturgia.com.br/), cujo sucesso o levou a publicar o Almanaque da Telenovela Brasileira, em 2007.

Sobre o blog

Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

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