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Roberta Rodrigues, a Maria Vanúbia, é destaque em capítulo de “Salve Jorge”

Nilson Xavier

13/05/2013 23h52

Totia Meirelles e Roberta Rodrigues em cena de "Salve Jorge" (Foto: TV Globo)

Última segunda-feira de "Salve Jorge" e um capítulo bastante atípico. Primeiro porque Glória Perez se lembrou de uma trama solta lá do início da novela e que passou despercebida por esses sete meses: Celso (Caco Ciocler) não é filho de Arturo (Stênio Garcia). Glória lembrou também de Eva Todor, que há sete meses não aparecia na novela. Seu retorno desencadeou a morte de Arturo: foi pela boca dela que ele ficou sabendo de toda a verdade. Foi demais para o velho, que teve uma síncope e faleceu. Pronto. Um fio solto a menos neste novelo.

Mas o grande destaque do capítulo foi Maria Vanúbia, a periguete-mor do Alemão, interpretada por uma Roberta Rodrigues esfuziante. A audácia, o palavreado, os trejeitos e o sangue quente de Vanúbia já haviam chamado a atenção do público, nos sete meses em que a personagem passou tomando sol na laje, levando cantada barata de Pescoço (Nando Cunha) e batendo boca com as mulheres recalcadas do Alemão, que não aguentavam tanta petulância e sex-appeal.

Roberta Rodrigues "arrasou", ou "sambou" – como se fala atualmente. Ou seja: mandou muito bem mesmo. É de longe o seu melhor momento em novelas. Uma "googlada" rápida revela que ela já interpretou muita empregada e papeis pequenos. Tem uma boa atriz aí e que merece mais papeis à sua altura.

Vanúbia caiu no conto do dinheiro fácil na Turquia. Mas foi a única que peitou os chefões. Uma faca providencial e Morena (Nanda Costa) a salvaram da Organização. Uma personagem ótima, interpretada por uma atriz idem merecia ter tido cenas desse tipo há mais tempo,  não apenas banho de sol e bate-boca. Certeza de que as aventuras de Maria Vanúbia na Turquia teriam rendido mais audiência à novela e pontinhos a mais no gosto do público por "Salve Jorge".

Sobre o autor

Nilson Xavier é catarinense e mora em São Paulo. Desde pequeno, um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: em 2000 lançou o site Teledramaturgia (http://www.teledramaturgia.com.br/), cujo sucesso o levou a publicar o Almanaque da Telenovela Brasileira, em 2007.

Sobre o blog

Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

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