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Trama central de “Império” resume-se ao caso do Comendador e sua “suitchal"

Nilson Xavier

07/09/2014 13h03

Marina Ruy Barbosa e Alexandre Nero (Foto: Divulgação/TV Globo)

Passado mais de um mês de sua estreia, a novela "Império" enfrenta agora o período com Horário Eleitoral, que a entrega com audiência lá embaixo. Talvez seja por causa dessa "fase" que o autor Aguinaldo Silva esteja meio que "cozinhando a trama central em banho-maria". As histórias paralelas têm andado bem mais rápido que a principal – a que envolve a relação do Comendador José Alfredo (Alexandre Nero) com sua filha bastarda, Cristina (Leandra Leal).

Assim, já vimos se fechar (por ora) as tramas de Juju Popular (Chris Vianna) e seu marido safado Orville (Paulo Rocha), e de Elivaldo (Rafael Losso) na luta contra Tuane (Nanda Costa) pela guarda do filho. Claro que estas histórias ainda podem (e devem) render. Também já está bem adiantado imbróglio entre Téo Pereira (Paulo Betti), Claudio (José Mayer) e Leonardo (Klebber Toledo).

Porém, enquanto Cristina lutava para tirar o irmão Elivaldo da cadeia, ficou em stand-by a relação dela com o pai Zé Alfredo e o quanto isso interessa aos dois, à ambiciosa Cora (Drica Moraes), tia de Cristina, à Maria Marta (Lília Cabral), ex-mulher do Comendador, e aos filhos deles – este sim, o mote central de "Império".

Entre um desfalque na firma aqui, e um chilique de Maria Marta acolá, vai se desenrolando a trama do caso extraconjugal do Comendador com sua amante, teúda e manteúda, Maria Ísis (Marina Ruy Barbosa), a quem ele chama carinhosamente de "suitchal" (ou algo assim que ele pronuncie, vindo do inglês "sweet child"). Por enquanto, a família pilantra da amante, descoberta no capítulo deste sábado (06/09) por José Alfredo, tem rendido mais do que a ameaça que Cristina ou Cora podem representar ao Comendador, seu império e seus herdeiros.

Zezé Polessa, Rômulo Arantes Neto e Tato Gabus Mendes, a família pilantra de Maria Ísis (Foto: Divulgação/TV Globo)

Pelo período no ar, fica notório que "Império" padece do mesmo mal que as duas novelas anteriores no horário – "Amor à Vida" e "Em Família": a perda do ótimo fôlego inicial. Com promessas de arrasa-quarteirão, a novela de Aguinaldo Silva foi perdendo o gás e, em mais de um mês, pouco restou das dinâmicas primeiras duas semanas. Tomara que, com o fim do Horário Eleitoral, a trama ganhe novo impulso. A história está no começo, é certo que o autor tem ainda muita munição para gastar.

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Sobre o autor

Nilson Xavier é catarinense e mora em São Paulo. Desde pequeno, um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: em 2000 lançou o site Teledramaturgia (http://www.teledramaturgia.com.br/), cujo sucesso o levou a publicar o Almanaque da Telenovela Brasileira, em 2007.

Sobre o blog

Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

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