Pretensiosa, "Geração Brasil" revelou-se uma novela com poucos atrativos
Um manancial de boas ideias. Assim se podia definir a novela das sete da Globo, "Geração Brasil", à época de sua estreia (começo de maio), com promessa de muitas ações de transmídia, interatividade com o público e repercussão nas redes sociais. Todavia, logo veio o primeiro golpe: a Copa do Mundo, que atrapalhou tudo na novela, do horário de exibição alterado à duração de capítulos limitada a drops diários de cinco minutos entre um boletim de Copa e outro.
Perto de seu fim, concluímos que "Geração Brasil" não resistiu à Copa. O reality-show dentro da história, promovido por Jonas Marra (Murilo Benício) para encontrar um sucessor para seu império, era o grande chamariz da trama de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. O problema foi que esse apelo esgotou-se antes mesmo da Copa começar. Com o fim do campeonato, pouco de interessante havia sobrado.
O segundo golpe veio com o Horário Político, que mexeu novamente com a grade. Entretanto, a essa altura, pouco restava do folhetim que prometeu balançar as redes sociais com temas de interesse aos mais antenados (tecnologia, nerds, etc). Outro grande apelo que "Geração Brasil" se valeu foi de ser a novela seguinte da dupla de autores que fez um sucessão em 2012 com "Cheias de Charme" (a novela das Empreguetes), inclusive com parte de seu elenco.
Próxima do fim, "Geração Brasil" esvaiu-se em uma trama das mais convencionais, sem mais realities e aplicativos, pouca interação com o público e, pior, pouca repercussão. Das boas ideias iniciais, sobraram alguns bons personagens, interpretações corretas e uma produção caprichada. Sobrou pretensão para repetir o sucesso de "Cheias de Charme", mas faltou história e fôlego para administrar as intempéries de 2014.
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