Elenco enxuto de “Velho Chico” dá chance para que todos se destaquem
Um dos muitos méritos da novela "Velho Chico" é o seu elenco: escolhido a dedo, enxuto e com muitos nomes desconhecidos do público de televisão. A fase atual soma menos de trinta atores fixos (sem as participações esporádicas), em poucos núcleos – um dos menores elencos em uma novela global das oito/nove em mais de trinta anos. Isso possibilita que todo mundo apareça e tenha destaque. E elogiar este elenco é citar todos, sem exceção. Inclusive Antônio Fagundes, criticado pela caracterização e pela linha interpretativa diferente da de Rodrigo Santoro, que viveu o seu personagem nas fases anteriores da novela.
Vou me restringir à fase atual, que abrange a maior parte da ação, cinco dos seis meses da trama (que está a um mês de seu término).
Muitos são estreantes em novelas: Lucy Alves (Luzia), Lee Taylor (Martim), Suely Bispo (Doninha), Mariene de Castro (Dalva), Saulo Laranjeira (Prefeito Raimundo), Ivann Gomes, o Batoré (Queiroz), Lucas Veloso (Lucas), Ana Rayza (Isabel). Outros, experientes ou não, têm poucas novelas em seus currículos: Irandhir Santos (Bento), Zezita Matos (Piedade), Marcélia Cartaxo (Zefa), Gabriel Leoni (Miguel) e Giullia Buscacio (Olívia).
A narrativa e estética de "Velho Chico" demandam um elenco igualmente robusto. Cada ator tem a sua chance. Muitos nomes de peso engrandecem seus personagens por menores que estes possam parecer. Caso de Marcos Palmeira, como o jagunço Ciço, numa atuação marcante. Quem está brilhando neste momento é Marcelo Serrado, o escroque Carlos Eduardo, até então um personagem que vivia à sombra do coronel Saruê (Antônio Fagundes).
Outro destaque desse elenco é Christiane Torloni, que saiu de sua zona de conforto: pela primeira vez a atriz aparece com um sotaque nordestino. Também Selma Egrei, que passa por toda uma caracterização para dar vida a Dona Encarnação, a centenária mãe de Antônio Fagundes na novela. Curiosidade: Fagundes é apenas um mês mais novo que a atriz!
A cada noite, "Velho Chico" apresenta grandes interpretações suportadas pela direção (comandada por Luiz Fernando Carvalho) e pelo texto primoroso de Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi. É preciso também citar os ótimos trabalhos de Domingos Montagner (Santo), Camila Pitanga (Maria Tereza), Dira Paes (Beatriz), Carlos Vereza (Padre Benício), Gésio Amadeu (Chico Criatura), Luci Pereira (Ceci) e José Dumont (Zé Pirangueiro).
E eu nem citei o elenco das fases anteriores!
Leia também:
"Queria que ele dominasse a porra toda, diz Marcelo Serrado sobre Carlos Eduardo"
"Fagundes realça lado patético do poder e lamenta que público rejeite o novo".
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