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Vera Holtz e Isabelle Drummond destacaram-se na estreia de “A Lei do Amor”

Nilson Xavier

03/10/2016 22h54

Chay Suede e Isabelle Drummond (Foto: Ramon Vasconcelos/TV Globo)

Não há dúvidas de que os próximos meses com "A Lei do Amor" – estreia dessa segunda, 3/10 – serão do mais clássico folhetim no horário mais nobre da Globo. Maria Adelaide Amaral, que escreve a novela com Vincent Villari, prometeu um novelão (na entrevista que você assiste AQUI), já percebido nas chamadas e confirmado no primeiro capítulo.

O casal romântico central se conhece e se apaixona. Lógico que eles são de classes sociais diferentes. Helô é pobre – papel de Isabelle Drummond. Enquanto Pedro é rico – vivido por Chay Suede. Na segunda fase – que vem com um salto de vinte anos, depois dos cinco primeiros capítulos – os personagens serão de Claudia Abreu e Reynaldo Gianecchini.

O conflito também já foi devidamente costurado. O infortúnio do pai de Helô (morto na cadeia) foi causado indiretamente pelo ex-patrão dele, Dr. Fausto Leitão (Tarcísio Meira), não por acaso o pai de Pedro. O clímax veio com uma cena catártica: Helô invade uma festa na mansão de Fausto para acusá-lo da desgraça de sua família.

O amor vencerá esses traumas na vida de Helô? A mocinha sofrerá ainda mais nos próximos capítulos, ao pensar que seu amado a traía – na verdade uma armação da vilã Mag – Vera Holtz divina na pele da megera, madrasta de Pedro. Vera e Isabelle Drummond foram os destaques dessa estreia. Poucas cenas que deram um sabor de personagens ótimas defendidas por atrizes excelentes.

Vera Holtz e Tarcísio Meira (Foto: Artur Meninea/TV Globo)

Trilha sonora bonita, direção competente (Denise Saraceni e equipe), cenas tensas bem pontuadas com outras românticas melosas que agradam a todo mundo. "A Lei do Amor" não disfarça nada. É assumidamente um folhetim tradicional. Sai a ousadia estética barroca de "Velho Chico", entra o novelão "muito bem escrito" – palavras de Maria Adelaide.

Os autores também disseram em entrevista que a política entraria para valer após o segundo turno das eleições da vida real. Mas já estava presente nessa estreia. Pelo menos o perfil político dos personagens já foi traçado. Inclusive na fala de um deles, parafraseando Dom Lázaro Venturini (personagem de Lima Duarte na novela "Meu Bem Meu Mal", atualmente em reprise no Viva, na qual Maria Adelaide foi uma das roteiristas):

"Se você não é socialista aos 20 anos, você não tem coração. Agora, se você é socialista aos 40, aí você não tem inteligência."

Assim como essa fala de Dom Lázaro, os autores também prometem muitas referências a novelas antigas. Por sinal, o Dr. Fausto me lembrou outro personagem de Tarcisão: César Toledo, na novela "Torre de Babel", de 1998.

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Sobre o autor

Nilson Xavier é catarinense e mora em São Paulo. Desde pequeno, um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: em 2000 lançou o site Teledramaturgia (http://www.teledramaturgia.com.br/), cujo sucesso o levou a publicar o Almanaque da Telenovela Brasileira, em 2007.

Sobre o blog

Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

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