Apesar do apelo jovem, “Rock Story” não prioriza os manjados conflitos amorosos das novelas
Passaram-se quase três meses de "Rock Story" – a novela está praticamente em sua metade. Percebeu que não existem casais com conflitos amorosos na trama? Ou triângulos amorosos, ou casais "shippáveis", que gerem torcida do público – uma fórmula batida das novelas e um caminho mais fácil para conquistar audiência.
Júlia e Gui (Nathalia Dill e Vladimir Brichta) se amam e está tudo certo. Cada um tem o seu conflito pessoal e os dois se ajudam. Diana e Léo (Alinne Moraes e Rafael Vitti) também não têm conflitos que possam separá-los – a não ser o fato de (eu acho) Diana ainda amar Gui. Gordo e Laila (Herson Capri e Laila Garin) era um casal fadado ao fracasso. Só agora Yasmin percebeu que gosta de Zac (Marina Moschen e Nicollas Prattes). Um e outro romancezinho vão se formando muito timidamente.
É interessante notar que uma novela de forte apelo jovem como "Rock Story" não priorize casaizinhos conflituosos ou triângulos fáceis – a receita que norteia "Malhação" e que norteou as últimas produções do horário das sete (só para ficar nas "novelas jovens"). Acho um ponto positivo, até pela ousadia de "Rock Story" apresentar uma história original não embasada em manjadas fórmulas de folhetim – e obter êxito (audiência e repercussão).
Por falar em apelo jovem, a boyband da história está demorando para deslanchar, não? Acho a trama dos meninos capitaneados por Gui Santiago muito morosa, parece que não sai do lugar. Claro que enquanto eles não fazem sucesso, outros núcleos movimentam a novela. Só agora eles começam a ser reconhecidos e ganham fãs, por conta de um jingle para um comercial de biscoito. Vai demorar para eles desbancarem Léo Régis? Ou eu que estou muito ansioso para que isso aconteça?!
Leia também: "Não tenho nada contra música sertaneja", diz autora de "Rock Story", por Maurício Stycer.
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