Contra o preconceito e a caretice, “Amor e Sexo” é um programa de utilidade pública
Mais uma vez o "Amor e Sexo" exibiu um nu masculino frontal (já aconteceu em 2013). O tema da noite era o machismo e a nudez não soou gratuita. O programa também teve a emoção de José Loreto abraçado ao pai assumindo que tem dificuldade em dizer "eu te amo" aos familiares. E o depoimento emocionado de outro pai, vítima de homofobia porque estava abraçado ao filho e eles foram confundidos com um casal de homossexuais. E música, dança, brincadeiras e risadas.
Qual programa da TV aberta brasileira consegue discutir temas tabu com conteúdo e levantar bandeiras de forma leve e descontraída, sem ser didático ou resvalar no politicamente correto pretensioso? E ainda assim cumprir com seu papel de entreter e divertir. Só o "Amor e Sexo".
A atração comandada por Fernanda Lima reúne todas essas qualidades. Vários outros programas de TV, de todos os canais (inclusive da própria Globo), já tentaram seguir esse caminho antes, em parte ou na totalidade, mas nunca com um resultado tão satisfatório como o "Amor e Sexo".
O programa propõe a desconstrução do preconceito, do machismo, da homofobia, do racismo, da misoginia e de tantos outros temas urgentes. Mas ele mesmo, como atração televisiva, é um bom exercício de desconstrução. Sem perder seu foco, mistura humor, dança, música, games e entrevista com toda a seriedade que os assuntos tratados demandam.
Diverte, entretém, emociona, esclarece, informa, desconstrói o preconceito e a caretice em todos os seus aspectos e níveis. É um programa de utilidade pública.
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