“Carinha de Anjo” do SBT nada deve às melhores produções infantis da TV a cabo
Aparentemente mais simples que as novelas infantis anteriores do SBT, "Carinha de Anjo" tem menos tramas e personagens, um elenco mais enxuto e uma história focada na protagonista Dulce Maria (a menina Lorena Queiroz, de seis anos). A trama anterior – "Cúmplices de um Resgate" – tinha mais adolescentes e mais núcleos, além de abordar intensamente o universo da música.
"Carinha de Anjo" tem crianças mais novas do que as novelas anteriores da emissora. Por isso abusa da fofurice, desde a proposta estética até as abordagens dramáticas. É uma novela para um público mais novo. Nisso, destaca-se a sua função educativa quando traz ensinamentos gerais – todos bem inseridos nas cenas, o que a afasta do didatismo pretensioso. A novela é eficientemente educativa. Lembra os programas infantis de minha infância (como a "Vila Sésamo"), ou a premiada programação infantil da TV Cultura.
Apesar de voltada para crianças pequenas, o público adolescente se sente representado nas figuras da conectada Juju Almeida (e seu vlog na internet) e Zeca, um aspirante a cantor sertanejo (Maísa Silva e Jean Paulo Campos). A música está presente nos clipes que abrem cada capítulo, quase sempre revisões de clássicos da música infantil aproveitando o elenco de pequenos atores.
Por tudo isso, "Carinha de Anjo" está mais para um programa infantil completo do que simplesmente uma novela infantil. É a melhor elaborada de todas as já apresentadas pelo SBT. O ótimo vlog de Juju Almeida – cujo canal no Youtube recentemente atingiu a marca de 1 milhão de inscritos – cumpre outro importante papel: une o lúdico universo de Dulce Maria com o mundo conectado atual do qual crianças também fazem parte.
"Carinha de Anjo" nada deixa a dever às produções infantis da TV a cabo, nacionais ou estrangeiras. E ainda ocupa uma importante lacuna para as crianças órfãs de programação infantil no horário mais nobre da TV aberta.
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