Série "Conselho Tutelar" da Record merece mais episódios e temporadas
A Record exibe durante esta semana a terceira temporada da série "Conselho Tutelar", coprodução com a Visom Digital. Bem escrita, produzida e dirigida, lamenta-se que a produção seja tão espaçada (a primeira temporada é do final de 2014 e a segunda do final de 2015), pois impossibilita um vínculo maior com o público. Lamenta-se também a quantidade de capítulos: apenas 5 por temporada.
Criada por Marco Borges e Carlos de Andrade, com direção geral de Rudi Lagemann, "Conselho Tutelar" narra os problemas diários do órgão cuja função é zelar pelos direitos de crianças e adolescentes. Com proposta estética realista e histórias embasados em fatos, a série denuncia não só os problemas de crianças em várias instâncias como também as dificuldades dos profissionais envolvidos para protegê-las e assegurar-lhes seus direitos.
"Conselho Tutelar" destaca-se entre as atrações de dramaturgia da Record pelo apuro técnico, direção e texto, distanciando-se das atuais produções da casa – novelas em que o ritmo industrial muitas vezes dilui a qualidade. Nem mesmo o elenco – repetido de outras novelas – representa um problema ante o esmero da série.
Roberto Bomtempo e Paulo Vilela, que vivem os protagonistas, os conselheiros Sereno e César, formam uma dupla coesa e carismática. Até o elenco infantil – uma pedra no sapato das novelas da Record – parece melhor preparado aqui. Como uma série com tanto potencial fica mais de um ano sem temporada e cada temporada com apenas 5 episódios?
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