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Série "Conselho Tutelar" da Record merece mais episódios e temporadas

Nilson Xavier

05/01/2018 10h29

Roberto Bomtempo e Paulo Vilela (foto: divulgação/Record TV)

A Record exibe durante esta semana a terceira temporada da série "Conselho Tutelar", coprodução com a Visom Digital. Bem escrita, produzida e dirigida, lamenta-se que a produção seja tão espaçada (a primeira temporada é do final de 2014 e a segunda do final de 2015), pois impossibilita um vínculo maior com o público. Lamenta-se também a quantidade de capítulos: apenas 5 por temporada.

Criada por Marco Borges e Carlos de Andrade, com direção geral de Rudi Lagemann, "Conselho Tutelar" narra os problemas diários do órgão cuja função é zelar pelos direitos de crianças e adolescentes. Com proposta estética realista e histórias embasados em fatos, a série denuncia não só os problemas de crianças em várias instâncias como também as dificuldades dos profissionais envolvidos para protegê-las e assegurar-lhes seus direitos.

"Conselho Tutelar" destaca-se entre as atrações de dramaturgia da Record pelo apuro técnico, direção e texto, distanciando-se das atuais produções da casa – novelas em que o ritmo industrial muitas vezes dilui a qualidade. Nem mesmo o elenco – repetido de outras novelas – representa um problema ante o esmero da série.

Roberto Bomtempo e Paulo Vilela, que vivem os protagonistas, os conselheiros Sereno e César, formam uma dupla coesa e carismática. Até o elenco infantil – uma pedra no sapato das novelas da Record – parece melhor preparado aqui. Como uma série com tanto potencial fica mais de um ano sem temporada e cada temporada com apenas 5 episódios?

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Sobre o autor

Nilson Xavier é catarinense e mora em São Paulo. Desde pequeno, um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: em 2000 lançou o site Teledramaturgia (http://www.teledramaturgia.com.br/), cujo sucesso o levou a publicar o Almanaque da Telenovela Brasileira, em 2007.

Sobre o blog

Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

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