Live mostra que Lady Gaga tem muito a aprender com sertanejos brasileiros
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A 'live das lives' que reuniu artistas do primeiro escalão da indústria fonográfica mundial, com direito a curadoria empreendida por Lady Gaga, é o maior barato. Gente graúda empolgada com a possibilidade de angariar mantimentos para os mais necessitados durante a crise provocada pela pandemia.
Claro que a iniciativa é ótima, mas o entretenimento... Nem tanto. Muito ruim o festival exibido no Brasil por horas a fio graças ao Multishow, o YouTube, Globoplay e outras plataformas.
Entre uma música e outra, diversas intromissões de apresentadores de talk show norte-americanos, ladainha de celebridades das mais diferentes matizes de fama global, e algumas histórias inspiradoras a respeito do atual momento que atravessamos.
Fica difícil manter a atenção ou se engajar genuinamente com algo assim. Se aprendemos alguma coisa com Gusttavo Lima, Bruno e Marrone ou Alexandre Pires, foi que a narrativa fica muito mais forte quando há envolvimento emocional.
O formato de videoclipe mais atrapalha do que ajuda. Muito legal ver Elton John, Paul McCartney e Gilmar das Candongas envolvidos com as dificuldades do planeta Terra. Claro que é emocionante ver os Rolling Stones tocando via satélite, cada um em sua casa (ainda que para apenas uma música).
Qualquer reforço de conscientização é fundamental para que todos continuem em estado de alerta. Mas misturar entretenimento com informação relevante o tempo todo acabou transformando a experiência em algo muito parecido com o home office: nunca sabemos quando precisamos ficar preocupados e quando podemos relaxar.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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