Globo dispensa o Carioca e menos futebol na TV aberta é caminho sem volta
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
O futebol carioca entrou para a lista de dispensas da Globo A expectativa agora é saber se a coisa evolui para outros estados da federação.
Depois de tomar um chapéu do Flamengo, a emissora anunciou hoje que rescindiu o contrato para transmitir o campeonato de futebol do Rio de Janeiro. Por mim, tudo bem.
Não sou um grande entusiasta do fino esporte bretão, mas tem cartola por aí que parece apreciar menos ainda. A turma curte mesmo é artimanha e picuinha.
Qual é a história: a Globo diz que só ela poderia transmitir os jogos do campeonato. Depois de umas negociações polêmicas com o governo, o Flamengo foi lá e exibiu na quarta-feira uma partida pelo canal do YouTube.
Muita gente achou o máximo, considerou que o clube estava "quebrando as pernas" do status quo com uma audiência incrível. Cá entre nós, o fato é que não chegou a bater as lives de Marília Mendonça, do Bruno e Marrone, muito menos do Gusttavo Lima.
E se a gente converter em número no Ibope, deve ter ficado ali no patamar de uma RedeTV!, uma RedeTV! e meia. Nada muito eloquente.
Vi que até o Felipe Neto ficou fascinado com os números em um jogo totalmente desimportante.
Mas serei obrigado a cometer a ousadia de discordar: estamos em um momento atípico, com pouquíssimos jogos inéditos.
Bem conversadinho, até o meu Avaí atrairia um público razoável. Não sei se a ponto de comparar com Gusttavo Lima, mas pelo menos a audiência de um Felipe Dylon eu acho que bateria.
De qualquer forma, é interessante ver os times de futebol se preparando para virar nicho. O futebol nesses moldes que estamos acostumados, com campeonatos horrorosos e intermináveis, não terão mais espaço na TV aberta.
Muita coisa ainda vai mudar. Estadual com regra ininteligível é fetiche, coisa de heavy user. Só vai continuar valendo, e sendo viável comercialmente, nos redutos mais radicais do futebol. Assinatura de PPV, canal de YouTube, TikTok, onde for.
O futuro do futebol na TV aberta há de ser um negócio como o que ocorre na NBA ou na NFL. Um campeonato só, nacional, com temporada curta, jogos decisivos o tempo todo e apenas os times mais competitivos.
Dessa maneira, a emissora fatura mais em menos tempo, além de cortar boa parte do custo operacional. E fica menos refém de calendário maluco ou cartola empolgado.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
Seja o primeiro a comentar
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.