Fantástico erra ao furar quarentena para promover reencontro emocionante
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Teve emoção de sobra na mais recente edição do Fantástico. O repórter Marcelo Canellas narrou uma história realmente bonita, a respeito de uma recém-nascida que foi salva por um policial há 22 anos no litoral de São Paulo.
Abandonada pela mãe biológica, a garota foi adotada e possui, desde então, uma família feliz e acolhedora. Para celebrar a data, o programa considerou uma boa ideia promover o encontro entre ela e o "Anjo Fardado de Peruíbe", alcunha dada pelo jornalista ao oficial responsável pelo resgate.
Por mais inspiradora que seja a narrativa, causou estranheza ver o policial abraçando a garota em plena pandemia, ao mesmo tempo em que todos os telejornais da Globo reforçam a importância do isolamento social.
Para piorar, o momento ainda foi sublinhado por uma narração um tanto quanto inadequada. "Nessa hora, vale o risco de uma exceção", disse Canellas.
Com tanta coisa acontecendo no Brasil e no mundo, o mau exemplo me pareceu um erro, e acabou eclipsando as melhores intenções da reportagem. Um bate-papo pelo Zoom não teria o mesmo apelo cênico, mas certamente seria mais seguro para todo mundo.
Dada a situação atual, é de bom alvitre deixar qualquer calor humano para outra hora.
***
Mais debates a respeito da televisão brasileira no podcast UOL Vê TV desta semana, com Mauricio Stycer, Débora Miranda, Chico Barney e a convidada especial Aline Ramos, nova colunista do portal.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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