Em tempo de pandemia, famosas tentam emplacar lipo como tendência. Precisa?

Até então com vaga certa na próxima temporada de "A Fazenda", Tati Minerato decidiu que seria interessante passar por uma lipoaspiração antes de entrar no reality show. Deu tudo errado. A passista sofreu uma infecção séria e foi cortada do programa da Record - assim como a rival escalada para infernizá-la. Tati sofre até hoje com as consequências do procedimento estético, feito durante um período de pandemia, em que hospitais viraram celeiro de pessoas procurando tratamento para o coronavírus.

Tati não é a única. De olho na chegada do verão, é cada vez maior o número de famosas e influenciadoras aderindo a uma cirurgia - menos invasiva, em tese - que tem por função esculpir um tanquinho na barriga, chamada de lipo LAD. O casal Ludmilla e Brunna Gonçalves foi o primeiro. Ambas ostentam a barriga sarada em suas redes sociais. Somente na última semana, a ex-BBB Flayslane e a influenciadora Virgínia Fonseca - a mesma que faz várias viagens interestaduais e surgiu em churrascos com amigos aglomerados e sem máscara - também aderiram ao procedimento. O mesmo ocorreu com Gabriela Versiani e Sthefane Matos.

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Não só as personalidades da mídia aderiram à intervenção estética como fizeram questão de divulgá-lo. Se pagaram ou fizeram permuta é o que menos importa. Mas é curioso que, em meio a uma pandemia, muitas famosas tentem transformar em tendência um tratamento avaliado entre R$ 30 mil e R$ 50 mil e, querendo ou não, acabem estimulando as pessoas a fazerem o mesmo.

Em tempos nos quais muitas influenciadoras investem em discursos de vida saudável e autoaceitação, divulgar procedimentos que seguem por pressionar muitos de seus admirados a perseguir um corpo perfeito parece um contrassenso. Fazer o procedimento é prerrogativa de todas. Divulgá-lo, no entanto, envolve questões bem mais complexas envolvendo padronização de corpos e necessidade de passar por isso em época de pandemia. Quais, afinal, são as prioridades dos influenciadores?