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Carnaval na TV virou coisa monótona e preguiçosa

Trio elétrico de Ivete Sangalo, que a TV não consegue deixar interessante - Andre Muzell/Thiago Duran/Amaury Nehn/AgNews
Trio elétrico de Ivete Sangalo, que a TV não consegue deixar interessante Imagem: Andre Muzell/Thiago Duran/Amaury Nehn/AgNews

Flavio Ricco*

Colunista do UOL

14/02/2013 00h05

É chegada a hora de se estudar um esquema diferente para as transmissões do carnaval. Os desfiles das escolas de samba já não despertam tanta atenção. Em alguns momentos, para quem está em casa, se transformam num espetáculo monótono, preguiçoso. Os narradores atuais, brigando pela palavra, querem mostrar conhecimento, falando de pessoas que a maioria não sabe de quem se trata. É preciso estudar, também e como espetáculo de televisão, o tempo de desfile de cada escola.
Mais de uma hora é um pouco ou muito demais.
 
Carnaval – 2
 
Muito mais grave do que acontece nos desfiles das escolas, é a transmissão de Salvador e Recife. Por mais que existam esforços e se busque algum atrativo, a televisão não consegue passar o calor de toda aquela folia para quem está em casa. Ao contrário. Não existe nada tão desinteressante.
 
Carnaval – 3
 
Bandeirantes e, muito mais, o SBT tiveram as suas médias derrubadas no carnaval. Está certo que a audiência está mais pulverizada e são várias as melhores opções, mas ainda assim verifica-se uma queda bem acentuada especialmente dessas duas, Band e SBT, em relação aos anos passados.
 
Por último...
 
Vale considerar que Recife e Bahia, comprovadamente, porque as redes sociais não deixam mentir, se transformaram em excelentes pontos turísticos para determinados diretores de televisão e seus convidados. Tudo na faixa e farra da boa. Goró da melhor qualidade. Alguns, inclusive, reforçaram os seus álbuns. Não se cansaram de tirar fotografias ao lado de artistas.
 
Por isso...
 
Há quem entenda que aquele que melhor vantagem tirou durante todo o período de carnaval foi o João Kleber. Fez o seu barulho alcançar a repercussão desejada. Voltou a ser notícia.
É só pra ver e sentir a que ponto chegamos.
 

*Colaboração de José Carlos Nery