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Morre em São Paulo o humorista Canarinho

Flávio Ricco*

Colunista do UOL

21/03/2014 14h42Atualizada em 21/03/2014 22h55

Morreu nesta sexta-feira (21), em São Paulo, o humorista Canarinho, aos 86 anos, integrante do programa “A Praça é Nossa”, no SBT. Internado desde o dia 16 de março, ele teve um infarto agudo do miocárdio. O corpo será velado no Velório Municipal de Mogi das Cruzes, a partir das 22 horas de hoje. O corpo está previsto para ser cremado às 10h na Vila Alpina. A cerimônia será aberta ao público.

Aloísio Ferreira Gomes, o Canarinho, começou sua carreira como cantor, trabalhou como apresentador e também reúne vários filmes no currículo.

Praça é Nossa 1000: Homenagem a Canarinho (2008)

O humorista estava afastado do programa há algum tempo, para cuidar da saúde. E, desde o dia 16 de março, internado no hospital Santana, de Mogi das Cruzes.

Carlos Alberto de Nóbrega ficou abalado com a morte do amigo e prefere não falar com a imprensa neste momento, segundo informou a assessoria do apresentador. 

Carlos Alberto tinha um apreço pelo amigo, conforme manifestou no especial de Natal, da “A Praça é Nossa” de 2011.“Se o Golias foi meu grande amigo do trabalho, Canarinho foi meu grande amigo da sacanagem (risos). O Canarinho é o único que conseguia encher o saco do meu pai, sem irritá-lo. Você faz parte da minha vida”, afirmou ele.

Canarinho e Manoel de Nóbrega se conheceram na TV Paulista, no programa “Praça da Alegria” e se tornaram amigos.

Nascido na Bahia, Canarinho iniciou sua carreira aos 17 anos, com passagens pelo rádio, cinema e televisão. Em 1987, Canarinho passou a integrar o humorístico "A Praça É Nossa", do SBT, onde completaria 27 anos na emissora.

Participou do "Sítio do Picapau Amarelo", no qual interpretou Garnizé. Além disso, Canarinho participou das novelas "Meu Pedacinho de Chão", de Benedito Ruy Barbosa, que será reexibida em 100 capítulos na Globo em abril, e "Sinha Moça". Além de redator das atrações "Programa Show Canarinho", "Domingo é Dia”.

No cinema, participou de "Nos Tempos da Vaselina" (1979), “As Testemunhas Não Condenam” (1962), “A Desforra” (1967), “Sábado Alucinante” (1970), “Diabólicos Herdeiros” (1971), “Jerônimo” (1972), entre outros.

“Lamentamos a perda do humorista e deixamos nossos sentimentos aos familiares, amigos, admiradores e colegas de trabalho de Canarinho”, disse o SBT em nota.  

Canarinho era casado com Rosa, com quem tem um filho, além de outros três do primeiro casamento.

Famosos comentam

A morte de Canarinho foi sentida também por amigos e colegas de trabalhos. Muito emocionado, Carlos Koppa, "o loirão do orelhão", disse ao UOL que "embora esperasse", "está sofrendo muito". "Está sendo uma cacetada, visitava ele toda a semana e sabia que ele estava piorando". Chorando, o ator desabafou: "Trabalhamos juntos, imagina o que estou passando?".

O apresentador Celso Portioli usou seu perfil do Twitter para comentar. "Muti triste, meus sentimentos à familia", escreveu ele. O humorista Zé Américo também lamentou: "Que pena, mais um grande expoente do humor e um mestre na vida se foi. Quando eu era criança o Canarinho tinha um fliperama perto de casa eu como eu não saía de lá ele queria saber se eu estava na escola. Quando eu ia imaginar que iria conhecer, trabalhar e ficar amigo dele?", relembrou.

O diretor do SBT, Fernando Pelegio também se manifestou nas redes sociais.

*Colaboração de José Carlos Nery