"Já me mandaram procurar o Pronatec", diz Oscar Filho sobre saída do "CQC"
Depois de publicar uma carta de despedida do "CQC" na internet, o humorista e apresentador Oscar Filho falou à coluna na tarde desta terça-feira (25) sobre seu desligamento. Ele contou que, por conta dos vazamentos de informações na internet, já esperava que pudesse ser dispensado e que já está ouvindo uma série de piadas sobre a situação. "Já me mandaram procurar o Pronatec, a Catho, o Senai. Agora mesmo num grupo do Whatsapp me chamaram para jantar e disseram que vão pagar a minha parte porque eu estou precisando. A zueira não pode acabar", disse.
O humorista também fez elogios a Dan Stulbach, anunciado como novo apresentador do programa a partir de 2015, e disse que o ator "sempre mostrou interesse no programa". Mas vê a troca como um desafio: “Tas imprimiu um DNA muito forte no programa”.
Me acostumei com a história. Na sexta-feira, quando me foi falado, também tive que trabalhar pelo programa. Sou contratado da Band até o fim de dezembro deste ano. Até lá, a Band, o "CQC" e o "Proteste Já" terão a mesma qualidade e o mesmo empenho destes sete anos.
Sim, fui muito bem aproveitado. Quando entrei no programa, eu era o pior dos repórteres. Primeiro por inexperiência e segundo por ter sido o último dos integrantes a entrar faltando, apenas, duas semanas pra estrear o programa. Com o tempo, fui sabendo lidar com os percalços, com a imaturidade, com a falta de experiência. Fiz muitas matérias boas até chegar ao "Proteste Já", o quadro que os diretores defendem como o ponto alto do programa. Após isso, fui pra bancada e fiquei durante dois anos! Ou seja, pra quem começou mal para caramba e chegou à bancada apresentando ao vivo, pra mim pessoalmente, foi um feito. Sinto completamente que passei por todas as etapas do programa.
O programa está passando por uma profunda renovação de elenco. Acha que isso era mesmo necessário? Havia alguma pressão por conta de audiência?
O programa já levou tudo quanto é prêmio. Já foi o queridinho de todo mundo. O "CQC" virou uma marca, uma referência. Muitos programas de TV passaram a copiar, senão o formato, as piadas gráficas que o programa fazia antigamente. Hoje em dia, depois de sete anos, as pessoas já sabem do que o programa se trata. A TV brasileira está em crise. Tem um veículo que nem é mais novo, chamado internet, que está deixando os executivos de emissoras de cabelo em pé, você deve saber disso. O "CQC" está tão em crise como inúmeros outros programas. A questão é que, como o programa ganhou vários prêmios e foi o foco das notícias durante muito tempo, e é até hoje, as pessoas, profissionais ou não, exigem muito do "CQC". E ele precisa corresponder a essa pressão. Eu não sou dono de nada ali dentro, só tenho uns palpites. Quem decide o que fica e o que não, são eles. Devem saber o que estão fazendo. Se não, devem estar desesperados.
Não sei se o Tas fez isso. Falamos no dia seguinte do texto que ele escreveu no blog dele. Não falamos se foi uma decisão da emissora ou dele. Escrevi aquilo porque eu acho importante encarar os fatos como eles são. Eu poderia fantasiar pra mim mesmo, e para o público, que eu sou o fodão, que eu escolho o meu destino, a minha carreira e os meus sonhos. Não é assim. A gente não tem controle de nada. Resolvi, só, falar a verdade. A gente anda precisando disso.
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