"Amor de Mãe" abusa das coincidências para fazer a história andar
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Coincidências acontecem, são obras do acaso, imprevisíveis. A menos que você prefira acreditar em teorias da conspiração, você aceita as que ocorrem na sua vida ou na de conhecidos.
Não por acaso, acontecem tantas coincidências nos folhetins. É um recurso ótimo para provocar situações inesperadas ou improváveis sem quebrar a proposta da história de parecer real. O espectador vê a coincidência em cena e pensa: é, pode acontecer.
No caso de "Amor de Mãe", as coincidências são um dos pilares que estruturam a trama. Manuela Dias usa e abusa do recurso semanalmente. Às vezes, até mais de uma vez por semana. Os personagens mais improváveis são ligados por coincidências quase mágicas.
A penúltima, se não me falha a memória, foi a descoberta de que Eunice (Dida Camero), a diretora da escola, é irmã não apenas da enfermeira Tânia (Cinira Camargo), que roubou documentos do hospital, como também de Katia (Vera Holtz), a traficante de bebês, que vendeu Domênico, o filho perdido de Lurdes (Regina Casé).
Eunice, como sabemos há mais tempo, dirige a escola onde a professora Camila (Jessica Ellen), filha de Lurdes, dá aulas. E Tania trabalhou no mesmo hospital que Betina (Isis Valverde), ex-namorada de Magno (Juliano Cazarré), outro filho de Lurdes;
No capítulo desta quinta-feira, foi revelada a mais recente coincidência. O poderoso empresário Álvaro (Irandhir Santos) descobriu que é irmão da enfermeira Betina. Como? Nicete (Magali Biff), mãe de Betina, foi babá de Álvaro e teve um caso com o pai dele. Ficou grávida, ganhou dinheiro para fazer um aborto, mas optou por ter a criança.
Para enrolar mais a trama, Verena (Maria) engravidou de Genilson (Paulo Gabriel), ao ser estuprada por ele. O criminoso, que foi morto em seguida por Magno, era irmão de Betina e filho de Nicete.
Com esta nova revelação, o bebê que Álvaro assumiu como seu filho, sabendo que era de Genilson, é também sobrinho de Betina e neto de Nicete.
O excesso de coincidências permite que "Amor de Mãe" tenha um elenco enxuto, o que é bom. Por outro lado, ao abusar deste tipo de recurso, a autora corre o risco de ver o espectador perder a confiança na história. É um pouco fácil demais resolver tudo por meio de coincidências.
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