Direito de resposta lido no Faustão excluiu críticas do Flamengo à Globo
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Fato muito raro, um comentário de Fausto Silva mereceu "direito de resposta" no próprio programa do apresentador. E em tempo recorde. Apenas uma semana.
No segundo domingo de fevereiro, Faustão criticou os dirigentes do Flamengo pela forma como estão lidando com os desdobramentos do incêndio que causou a morte de dez jovens atletas num centro de treinamento. Neste domingo, o clube respondeu.
Ao anunciar que o "direito de resposta" seria lido, Faustão observou: "Os dirigentes do Flamengo que foram criticados se sentiram desrespeitados e, através de advogados, exigiram direito de resposta." O apresentador repetiu duas vezes que havia feito "uma crítica específica", querendo sublinhar que não teve a intenção de atacar o clube com as suas observações sobre o comportamento dos dirigentes.
Em seguida, Faustão também fez questão de registrar que a decisão de abrir espaço para a resposta do clube não foi sua: "E a partir de agora, sob determinação da direção da Rede Globo de Televisão, a resposta do Flamengo, a resposta especificamente desses dirigentes, não da instituição, mas desses dirigentes".
O texto, lido pelo redator final do Domingão, José Armando Vannucci, resume as críticas que a direção do Flamengo havia feito a Faustão em nota oficial divulgada na última segunda-feira (10), um dia depois de o programa ir ao ar.
Há apenas uma diferença muito significativa entre a nota oficial e o "direito de resposta" negociado com a Globo e lido no Faustão. A direção do Flamengo excluiu as críticas que havia feito à emissora, estabelecendo uma relação entre o comentário do apresentador e o impasse nas negociações do clube com a Globo por direitos de transmissão do Estadual do Rio de 2020, assim como a ação na Justiça por supostas divergências no contrato do Campeonato Brasileiro.
"Todos estes pontos (criticados por Faustão) poderiam ser facilmente levantados pela equipe de produção da Rede Globo de Televisão antes das acusações. Como isto não foi feito, infelizmente nos leva a crer que tamanha agressividade tem como pano de fundo interesses comerciais não atendidos e que se sobrepõem ao trabalho de informar corretamente aos telespectadores", dizia a nota. "Isto, ao nosso ver, constitui abuso de direito e tentativa de indução negativa da opinião pública, algo inadmissível do ponto de vista moral e ético".
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