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Mauricio Stycer

Mari Palma sofre com sintomas da covid-19: "Nem cheiro nem gosto nem nada"

A jornalista Mari Palma, apresentadora da CNN Brasil, em casa, recuperando-se da covid-19 - Phelipe Siani
A jornalista Mari Palma, apresentadora da CNN Brasil, em casa, recuperando-se da covid-19 Imagem: Phelipe Siani

Colunista do UOL

09/04/2020 14h28

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"Bem ansiosa para voltar", como diz, Mari Palma completa neste sábado (11) duas semanas de isolamento em casa se recuperando da covid-19. A jornalista teve os primeiros sintomas em 27 de março, foi diagnosticada dois dias depois e afastada, junto com Phelipe Siani, do comando do "Live CNN" na segunda-feira, 30.

"Tive sintomas bem leves. Testei positivo. Tive uma febrinha leve, uma indisposição leve", contou Mari ao UOL, por telefone. "O que mais me marcou foi a perda de olfato e paladar. Foi muito, muito forte. Nem cheiro nem gosto de nada".

Se tudo der certo, e o médico autorizar, Mari e Siani voltam ao comando do "CNN Live" na próxima segunda (13). Terão ficado afastados 17 dias.

Quatro pessoas da equipe do programa também foram afastadas, por precaução. Siani não contraiu a doença. Ele e Mari vivem juntos e estão cumprindo quarentena.

"Não estamos isolados um do outro. O médico disse que não precisava. Já estávamos juntos há muito tempo. Continuamos tomando cuidados entre a gente. Usar luva, álcool, essas coisas", conta a jornalista.

"Minha maior preocupação é com meus pais", diz. "Estou sem vê-los há um mês. Já tinha me afastado antes de saber que estava com a doença".

Pouco à vontade de ter virado notícia, Mari diz que está dedicando a quarentena a assistir CNN Brasil e a pensar em como pode melhorar o próprio programa. "A gente está pensando no que vai oferecer quando voltar. O que dá para melhorar. A nossa cabeça não para".

Uma mudança já está decidida: "A gente está pensando muito em levar notícias um pouco mais reconfortantes para as pessoas. A gente está num momento em que a gente talvez precise de uma energia mais leve, mais tranquila".

Mari sabe que esta é uma missão complicada. "A gente é jornalista e isso está no nosso DNA. Mas a gente também tem que dar espaço para notícias boas, ou notícias reconfortantes, nesse mundo em que a gente está vivendo hoje. Mas sempre com a nossa cara".

Diz ela: "A gente é muito acelerada. A gente vai voltar com mais gás. Porque a gente conseguiu assistir como telespectador mesmo os nossos programas para entender o que é legal e o que não é".

Do ponto de vista pessoal, a quarentena também mexeu com a apresentadora: "Me fez pensar sobre como a gente, às vezes, não dá valor para as coisas simples, né? Ligar uma vitrola e ouvir uma música, ligar para um amigo que você não fala há muito tempo, um café da tarde com os pais..."