Cinco vezes que Walcyr Carrasco foi acusado de plágio em suas novelas
"O Outro Lado do Paraíso" mal estreou e já está gerando polêmica. Conforme noticiou Mauricio Stycer, colunista do UOL, a trama de Walcyr Carrasco vem sido acusada de plágio por parte do público, que vê semelhanças entre o drama da personagem Elizabeth (Glória Pires) e um melodrama francês do século XX.
Mas essa não é a primeira vez que o autor é criticado por supostamente copiar ideias de outras fontes, algo que, inclusive, o levou a brigar com um colega de profissão, o escritor Aguinaldo Silva. Relembre novelas de Walcyr Carrasco que enfrentaram problemas por conta de acusações de plágio:
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"O Outro Lado do Paraíso" (2017)
Telespectadores têm apontado que a história da personagem Elizabeth na novela mais recente de Carrasco lembra em muito a espinha dorsal de "Madame X", uma peça francesa escrita por Alexandre Bisson e adaptada diversas vezes para o cinema. Em uma das versões mais conhecidas para o cinema, Holly Parker (Lana Turner) possui um amante (Ricardo Montalban), que morre em um acidente. Ela é então chantageada pela sogra, Estelle (Constance Bennett), que deseja afastá-la do filho e a convence a simular a própria morte. O drama lembra muito o da personagem de Gloria Pires, chantageada pelo sogro, Natanael (Juca de Oliveira), que não aceita o casamento entra a moça humilde e o filho diplomata, Henrique (Emilio de Mello). No capítulo exibido nesta segunda-feira (6), Elizabeth também simulou a própria morte. A Globo nega plágio.
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"Alma Gêmea" (2005)
Um sucesso arrebatador do horário das 18h, esse folhetim chegou a superar 50 pontos de audiência em sua exibição original. Mas nada impediu que Carrasco fosse acusado de plágio pelo escritor Carlos de Andrade, que iniciou um processo contra a novela. Ele afirmou que a trama era uma cópia de seu livro "Chuva de Novembro", publicado em 1997. Outra escritora que entrou com um processo contra a novela foi Shirley Costa, que viu muitas semelhanças entre o melodrama de Walcyr Carrasco e seu livro "Rosácea", como personagens e detalhes da história. "Tenho provas de que meu livro chegou às mãos de Walcyr. Uma fita gravada está em Poder da Justiça", disse Shirley em uma declaração publicada em 2007 na coluna Zapping, do jornal "Agora". Walcyr acabou sendo absolvido da acusação
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"Sete Pecados" (2007)
O embate entre Globo e SBT foi além da audiência durante a exibição dessa trama das 19h. A autora Letícia Dornelles, que assinava o texto de "Amigas e Rivais" (2007), remake do clássico dramalhão mexicano, criticou a novela de Walcyr por perceber situações e temáticas que chegavam a "incomodar de tão parecidas". Em entrevista à coluna "Outro Canal", da "Folha de São Paulo", Letícia afirmou que os bordões de sua vilã Rosana Delaor (Talita de Castro) estavam sendo roubados pela vilã Ágatha (Claudia Raia), antagonista de "Sete Pecados". Ela também sentiu que o roteirista global se apropriou de sua abordagem em relação a personagens soropositivos. Em declaração à mesma coluna, Walcyr disse que nunca tinha assistido à novela do SBT e lembrou que já havia escrito um livro sobre a Aids 14 anos antes da exibição de ambas as novelas. Ele ironizou que, nesse caso, seria Letícia a plagiadora.
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"Morde e Assopra" (2011)
Em um dos casos mais infames, Carrasco chegou a ser denunciado por plágio por um de seus colegas de emissora, o autor Aguinaldo Silva, responsável por sucessos como "Tieta" (1989) e "Senhora do Destino" (2004). Silva acusou Walcyr de ter copiado um dos principais temas de "Fina Estampa" (2011): uma mãe pobre e humilde (Lilia Cabral), que sofria com a rejeição do filho (Caio Castro), que fingia ser filho de pais ricos. Toda a situação era extremamente similar a dos personagens de Cássia Kis e Klebber Toledo na novela "Morde e Assopra". Aguinaldo revelou que chegou a comentar sobre a história com Walcyr em um jantar, e que então teve sua ideia roubada. Em uma entrevista dada ao programa "Roda Viva" em 2012, Aguinaldo disse que ele e Walcyr discutiram como iriam progredir com as devidas tramas, mas a relação dos dois continua azeda até hoje.
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"Amor à Vida" (2013)
Primeiro folhetim de Walcyr Carrasco para o horário das 21h, "Amor à Vida" também não escapou das críticas do público. Segundo informações publicadas na época de exibição da trama pelo colunista Flávio Ricco, foram recebidas diversas denúncias em relação à trama, que teriam situações extremamente similares a de séries estrangeiras. Os personagens de Thiago Fragoso e Marcello Antony passavam por um processo parecido com o dos personagens David (Justin Bartha) e Bryan (Andrew Ranells), da série "The New Normal". Já em relação a "Grey´s Anatomy", as acusações eram tão sérias que foi noticiado que Shonda Rhimes, a criadora da série, teria procurado advogados no Brasil para entrar com um processo na Justiça contra a novela. Carrasco mais uma vez negou as acusações.
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