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Como Beto Falcão, relembre artistas que fazem sucesso depois de mortos

Emilio Dantas interpreta o cantor Beto Falcão em "Segundo Sol", da Globo - Reprodução/GShow/Segundo Sol
Emilio Dantas interpreta o cantor Beto Falcão em "Segundo Sol", da Globo Imagem: Reprodução/GShow/Segundo Sol

Do UOL, em São Paulo

11/06/2018 04h00

Em "Segundo Sol", o cantor de axé Beto Falcão (Emilio Dantas) estava em baixa na carreira quando uma falsa notícia sobre sua morte em um acidente de avião provocou um revival dos fãs pela sua obra. Convencido pelo irmão-empresário Remy (Vladimir Brichta), o artista resolveu então passar 20 anos se fingindo de morto --e faturando com a fama póstuma.

Assim como na ficção, muitos artistas que tiveram a carreira interrompida de forma trágica ou que conquistaram muitos fãs em vida continuam a atrair seguidores e faturar milhões anos após suas mortes. A seguir, o UOL relembra alguns deles.

  • Cristiano Araújo

    Cristiano Araújo já era dono de hits como "Maus Bocados" (2013) e "Cê Que Sabe" (2014), entre outros, quando, em junho de 2015, voltava com a namorada, Allana Moraes, de um show em Itumbiara (GO) e o carro em que estavam saiu da pista e capotou. Os dois morreram no acidente. A trágica morte do jovem cantor em ascensão gerou comoção nacional. No Twitter, o nome do cantor apareceu entre os assuntos mais comentados, tanto pelos fãs quanto de pessoas que se questionavam quem era o sertanejo. Dois anos depois, a gravadora lançou um CD com algumas músicas inéditas de Araújo.

  • Mamonas Assassinas

    Dinho, Bento Hinoto, Júlio Rasec e os irmãos Samuel e Sérgio Reoli formavam a irreverente banda de rock. Eles conquistaram fama principalmente entre o público adolescente nos anos 1990, mas um trágico acidente de avião interromperia o sucesso meteórico. Em 1996, o jatinho em que eles estavam se chocou contra a Serra da Cantareira (SP). Vinte e dois anos se passaram e os Mamonas Assassinas continuam no imaginário de muitos brasileiros. Ganharam muitas homenagens, bandas covers e seus sucessos embalaram uma onda nostálgica dos anos 90. Um filme biográfico chamado "Mamonas Para Sempre" foi lançado recentemente.

  • Chacrinha

    José Abelardo Barbosa de Medeiros, mais conhecido como Chacrinha, ganhou popularidade à frente de programas de auditório entre os anos 1950 e 1980. Foi ele, por exemplo, quem imortalizou o bordão "Na televisão, nada se cria, tudo se copia". O apresentador morreu vítima de infarto de miocárdio, em 1988. Décadas após sua morte, Chacrinha continua popular e sempre é apontado como uma das principais personalidades da televisão. No seu centenário, no ano passado, foi tema de um especial na Globo, um musical de sucesso no teatro, um filme (ainda não lançado), uma versão nova do seu programa escrachado, apresentado por João Kleber, e virou até mesmo tema de escola de samba do Rio.

  • Michael Jackson

    O ícone da música pop morreu em 2009 após sofrer uma parada cardíaca em sua casa, nos Estados Unidos. Em 2013, a revista "Forbes" fez uma levantamento de artistas que mais tinham faturado no ano anterior. No topo da lista, Jackson, que ensaiava um retorno aos palcos após alguns lançamentos fracassados, havia gerado o equivalente a US$ 160 milhões quatro anos depois de morto. Em 2016, os lucros gerados pela obra do cantor atingiram US$ 825 milhões --resultado também da venda de metade do catálogo de músicas em posse do artista, com títulos de bandas como os Beatles.

  • Elvis Presley

    O rei do rock morreu em 1977, aos 42 dois anos. Quase meio século depois, ele continua faturando milhões. A grana vem da imagem popular de Elvis e de sua casa, Graceland, cujo tour mais barato para um adulto visitar sai por US$ 36 (ou cerca de R$ 144, pela cotação atual). Em 2016, ele faturou o equivalente a US$ 26 milhões.

  • John Lennon

    O beatle mais famosos foi assassinado por um fã na entrada do seu apartamento, em Nova York, em 1980. Mas seus seguidores continuam tão (ou mais) fãs do que o dos outros companheiros que continuam na ativa. Prova de que a famigerada frase de que a banda era "mais popular que Jesus" não era tão absurda quanto pareceu à época. Segundo a mesma "Forbes", Lennon faturou US$ 12 milhões em 2013, que vieram principalmente da venda de álbuns dos Beatles e do show "Love!" do Cirque du Soleil, que usa canções da banda na trilha e em cartaz há anos em Las Vegas.