Como "Os Dias Eram Assim", lembre novelas e séries sobre a ditadura
"Os Dias Eram Assim" estreou na faixa das 23h trazendo como pano de fundo um período histórico pouco visto na TV brasileira: o regime militar que vigorou no país de 1964 a 1985.
Escrita por de Angela Chaves e Alessandra Poggi, a história centrada no amor de Renato (Renato Góes) e Alice (Sophie Charlotte) já deu mostras do período: a luta da jovem contra a família conversadora, as ligações escusas do dono de construtora Arnaldo (Antonio Calloni) com o governo, e o contraste entre a euforia pela conquista do tricampeonato da seleção brasileira na final da Copa do Mundo e o clima de repressão da época.
Mas, antes dela, outras produções já haviam se aventurado a retratar os Anos de Chumbo. Relembre abaixo:
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"Anos Rebeldes" (1992)
A célebre minissérie de Gilberto Braga contou a história de amor entre os estudantes Maria Lúcia (Malu Mader) e João Alfredo (Cássio Gabus Mendes), complicado por conta das diferenças entre os dois: ela quer uma vida tranquila, enquanto ele, um idealista, se envolve com a militância política. Na trama, João se exila após participar do sequestro do embaixador suíço Ralf Haguenauer (Odilon Wagner) e retorna em 1979, após a Lei da Anistia.
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"Senhora do Destino" (2004)
A história de Maria do Carmo (Carolina Dieckmann) na primeira fase da trama foi marcada por um dos momentos mais marcantes do regime: a assinatura do AI-5, que suspendeu várias garantias constitucionais. A retirante chegou ao Rio com seus filhos no dia do ato, em meio a uma série de tumultos entre manifestantes e policiais. Ao se abrigar, ela acabou conhecendo Nazaré (Adriana Esteves), que levou sua recém-nascida Lindalva. Desolada, vagou pelas ruas do Rio e acabou presa na Ilha das Flores após ser confundida com uma manifestante.
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"Dona Anja" (1997)
A personagem-título, vivida por Lucélia Santos, era dona de um bordel por onde passavam as figuras ilustres da cidade de Rosário, no Rio Grande do Sul. E era lá onde, em 1977, essa elite discutia assuntos como o comunismo, a corrupção e a então recente Lei do Divórcio -- os clientes, inclusive, faziam discursos sobre o quanto o casamento era sagrado enquanto estavam com as prostitutas. Exibida pelo SBT, a novela foi escrita Cristianne Fridman e Yoya Wursch, baseada no livro de Josué Guimarães.
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"Amor e Revolução" (2011)
O golpe de 1964 dá início à trama de Tiago Santiago, na qual Maria Paixão (Graziella Schmitt), líder do movimento estudantil e militante, se apaixona pelo jovem major do exército José Guerra (Cláudio Lins), um militar democrata. A novela do SBT, a primeira a falar sobre o regime militar, teve capítulos encerrados com depoimentos de figuras reais que viveram o período, como a ex-presa política Maria Amélia Telles. À época, um grupo de militares chegou a fazer um abaixo-assinado para impedir a exibição da novela, mas a ação não teve sucesso.
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"Magnífica 70" (2015)
A censura é o principal foco da série nacional da HBO. O censor Vicente (Marcos Winter) se vê fascinado por Dora (Simone Spoladore), protagonista de um dos filmes vetados por ele, e acaba se envolvendo com a atriz e com a produtora Magnífica 70, onde tentam criar pornochanchadas de sucesso que burlem as proibições do regime. A série já está renovada para sua terceira temporada.
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