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Criticada por matar personagens negros, "Walking Dead" abraça a diversidade

Do UOL, em São Paulo

20/03/2016 07h00

Houve um tempo em que a série "Walking Dead" era criticada por matar seus personagens negros e adicionar outro ator com características parecidas logo em seguida.

A piada "um homem negro de cada vez" cresceu entre os fãs da série e os produtores foram obrigados a dar explicações sobre a teoria. "Nós matamos muito mais personagens brancos do que afro-americanos", disse a produtora Gale Anne Hurd ao E! Online no ano passado. Ela também acrescentou que a atração já até escalou atores negros para personagens originalmente brancos na história em quadrinhos em que a série é baseada. Caso de Noah, interpretado por Tyler James Williams.

Na atual temporada, os homens negros são representados por dois personagens com pouca importância, até o momento, para o arco principal da trama: Padre Gabriel (Seth Gilliam) e Morgan (Lennie James). Entre as mulheres, Michonne (Danai Gurira) e Sarah (Sonequa Martin-Green) seguem sendo importantes peças da história e conquistando a torcida dos fãs. 

Não se sabe se é uma resposta às críticas, mas o fato é que "Walking Dead" diversificou seus personagens e as relações entre eles, deixando as histórias paralelas sobre convivência humana até mais interessantes do que a matança de zumbis.

Veja como "Walking Dead" aborda a diversidade:

  • Divulgação/AMC

    Mulheres no poder

    Os zumbis podem até ter tomado conta do planeta na série, mas quem garante a paz e a segurança dos sobreviventes de "Walking Dead" são as mulheres. Administradora de Alexandria, Deanna (Tovah Feldshuh) deixou o comando para Maggie (Lauren Cohan), que na temporada atual está até acima de Rick (Andrew Lincoln), e negocia com os chefes das outras aldeias. O episódio mais recente da série foi totalmente dominado pelas mulheres, com Carol (Melissa McBride) e Maggie mostrando todas suas habilidades de sobrevivência em sequências que deram espaço para falar sobre relacionamento abusivo, gravidez e sororidade.

  • Divulgação/AMC

    Casais homossexuais

    ?Walking Dead? não é uma atração conhecida pelo romantismo, mas a adição de dois casais homossexuais à atração desde a quinta temporada trouxe uma dose extra de sensibilidade para a trama. Primeiro vieram Aaron (Ross Marquand) e Eric (Jordan Woods-Robinson), responsáveis por mostrar Alexandria para os sobreviventes do grupo de Rick, e tocar um pouco o coração do durão Daryl (Norman Reedus). Já na sexta temporada, Tara (Alanna Masterson) e Denise (Merritt Wever) começaram um relacionamento calcado na ajuda mútua, algo que agradou aos fãs da atração.

  • Divulgação/AMC

    Galãs sem mocinhas

    Uma das maiores especulações de ?Walking Dead? ao longo de seus seis anos é a falta de um interesse amoroso para Daryl (Norman Reedus). Os fãs sempre cobraram dos criadores um par para o personagem ?duro de matar? da série, mas a pressão nunca deu certo e o intérprete de Daryl já chegou a declarar que o galã é assexuado. A sexta temporada introduziu um personagem que deve ir para o mesmo caminho. Adorado nos quadrinhos, Jesus (Tom Payne) é outro sobrevivente cheio de habilidades físicas, mas que não segue para o caminho óbvio de se envolver com uma mulher. Na HQ, ele tem um namorado, ainda não introduzido na série, o que causou alguma revolta dos fãs.