Topo

Os 10 diálogos mais absurdos de "O Outro Lado do Paraíso"

Nádia (Eliane Giardini) não mede esforços para proferir ofensas racistas e demais preconceitos - Reprodução/Instagram
Nádia (Eliane Giardini) não mede esforços para proferir ofensas racistas e demais preconceitos Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, no Rio

03/04/2018 21h48

Desde o início, "O Outro Lado do Paraíso" não dourou a pílula: polêmicas e preconceitos sempre estiveram em pauta na novela. Já no lançamento da trama, Walcyr Carrasco avisou que haveria situações mostrando racismo, homofobia, entre outras hostilidades. E o autor realmente tem seguido à risca o que prometeu. Alguns personagens proferem absurdos de embrulhar o estômago.

Sophia (Marieta Severo) tem como alvo contumaz Estela (Juliana Caldas), sua filha que é anã. Adneia (Ana Lucia Torre) demonstra sempre seus sentimentos dúbios e a ojeriza à sexualidade do filho Samuel (Eriberto Leão). E, claro, Nádia (Eliani Giardini), que acha natural fazer comentários racistas. Confira dez diálogos mais preconceituosos ouvidos no horário nobre.

  • Reprodução/Globo

    Cartas na mesa?

    A forma como o alcoolismo de Beth (Gloria Pires) é tratada também gera diálogos controversos, como se a personagem fosse capaz de abandonar o vício, como a que ocorreu no dia 22 de fevereiro entre ela e Renan (Marcello Novaes). Ele compara ter escondido dela que está falido com o fato de ela beber."Vamos botar as cartas na mesa, o que acha? Você mente também, Beth (...) Você mente para todo mundo. Beth você bebe, eu sei disso", sentencia o namorado da personagem.

  • Raquel Cunha/Globo

    Sexo sujo

    No fim de fevereiro, Diego (Arthur Aguiar) e Melissa (Gabriela Mustafá) se casaram, mas não houve noite de núpcias. O noivo resolveu que a mulher não pode ser tocada. E as justificativas foram para lá de absurdas. A jovem questiona o rapaz sobre que amor "puro" era esse. "Você é muito mais que isso (amor de mãe). Você é uma santa que pus no altar (...) Vai ser o mais puro dos casamentos. Sexo é uma coisa suja. Fiz sexo a vida inteira com vagabundas. Agora, você não, você é especial, nem posso te tocar", sentencia o recém-casado.

  • Raquel Cunha / Globo

    Só um pouquinho gay

    Dia 12 de janeiro foi ao ar o capítulo em que Suzy (Ellen Rocche) sai de casa porque descobriu que o marido Samuel (Eriberto Leão) é homossexual. Antes de decidir fazer as malas, ela fez um escândalo no hospital onde trabalham gritando "meu marido é gay". Já no apartamento, ela encerra a discussão com o ex e sua mãe, Adneia (Ana Lucia Torre). "Não sei quem é pior, se é a bicha ou a mãe da bicha", dispara. A mãe de Samuel tenta "defendê-lo". "Não chama meu filho de bicha, que horror, ele é só um pouquinho gay".

  • Raquel Cunha/Globo

    Armário

    Depois do nascimento da "tigrinha", filha de Samuel (Eriberto Leão) e Suzy (Ellen Rocche), Adneia (Ana Lucia Torre) não esconde seu desejo de ver o filho reatar o casamento com a enfermeira, mesmo ele tendo um relacionamento declarado com Cido (Rafael Zulu). Em conversa com Irene (Luciana Fernandes), a empregada questiona Adneia. "Mas você vive dizendo que a Suzy é insuportável". A megera responde. "Prefiro meu filho no armário que de porta escancarada", declarou.

  • Reprodução/Globo

    Cabelo "toin oin oin"

    O neto de Nádia (Eliane Giardini) nasceu mulato, mesmo os pais sendo brancos, para o inconformismo da madame. Um exame de DNA mostrou que o menino Marquinhos é mesmo filho de Diego (Arthur Aguiar) e Karina (Malu Rodrigues). Quando o médico disse que era possível ocorrer isso quando há familiares negros, ela lembrou de uma parente e, claro, não deixou de despejar seu racismo."Eu tenho uma prima meio 'café com leite' com 'cabelo toin oin oin'. Eu nem lembrava que essa mulher existia", declarou. Mais tarde, no seu salão de beleza, ela comentou sobre a cor da pele do menino. "É preto que nem você" e aponta para a manicure Ivanilda (Telma Souza), que responde. "Está me chamando de preta, é? Pois fique sabendo que sou só um pouquinho mais moreninha, viu?". Para completar a situação Marcel (Andy Gerker) ainda diz para Nadia "Nunca que eu ia imaginar que na tua família teria alguém com cabelo toin oin oin igual da Ivanilda"

  • Reprodução/Globo

    Espécie de gente

    Adneia (Ana Lucia Torre) também não poupa outras "vítimas" de sua veia homofóbica. Nicácio (Fabio Lago), o Nick, dono de um salão de beleza ao lado de Nádia (Eliane Giardini) atende a mãe de Samuel (Eriberto Leão) em casa quando ela precisa. Em uma dessas ocasiões, Nick é destratado por Samuel e ela esbanja homofobia. "Não tenho nada contra você ser essa coisa assim meio fêmea, mas se era meu filho eu não gostava, né (sic). Tive seis, todos machos. Samuel, mais novo, é o que mais gosta de mulher. Eu já devo ter um monte de neto por aí". Em outra sala, Samuel ainda continua após o cabeleireiro ir embora "Não gosto dessa espécie de gente aqui em casa", declara.

  • Reprodução/Globo

    Sobra até para os veganos

    A metralhadora de asneiras de Nádia (Eliane Giardini) não poupa ninguém. Até para a então futura nora, Tônia (Patrícia Elizardo), que é vegana, tem uma dose de preconceito ao comentar o jantar que preparou para ela se aproximar de Bruno (Caio Paduan) e o filho esquecer Raquel (Erika Januza). "Vamos combinar, comida vegana é horrível (...) Eu odiei, mas o que importa é que você se aproximou do Bruno e o que importa é que ele esqueça aquela negra (...) Você é bonita, branca médica, a mulher ideal para meu filho", disse Nádia.

  • Raquel Cunha / TV Globo

    Pretinha

    "Bruno se dizendo apaixonado por essa mulher do quilombo" Raquel (Erika Januza), jovem que deixou o quilombo para estudar em Palmas, foi trabalhar na casa de Nádia (Eliane Giardini) e se envolveu com o filho da patroa, Bruno (Caio Paduan). Nessa fase da trama não faltaram frases racistas de Nádia para se referir à moça, que claro, na visão da personagem, não passava nem de longe de seu desejo para nora. Quando Bruno anuncia o desejo de casar com Raquel, a mãe não poupou a enxurrada de preconceitos. "Você está deprimido assim por causa de uma negra? Que falta do que fazer, não?". O rapaz ainda defende a amada "ela não é 'a' negra, o nome dela é Raquel". Na mesma conversa, Nadia ainda diz "eu nunca sonhei com uma moça como essa para casar com você" e afirma que o filho só poderá casar quando tiver condições financeiras e se quiser continuar com os planos de se unir com Raquel não precisa contar com a família. A megera vai para o quarto e comenta com Gustavo (Luis Melo). "Bruno ficou trancado no quarto o dia inteiro deprimido por causa do quê? Daquela pretinha", disparou.

  • Raquel Cunha/Globo

    Uma juíza que incomoda muita gente

    O jantar de apresentação da juíza Raquel (Erika Januza), que foi ao ar dia 1º dezembro, também teve seu festival de constrangimentos, já que a família de Bruno (Caio Paduan) e seus convidados que pareciam não se conformar com a conquista da ex-empregada doméstica negra. Lorena (Sandra Corveloni), convidada do jantar, solta uma das pérolas da noite sobre Raquel ter passado em primeiro lugar no concurso para juíza. "Vê-se logo que é uma preta de alma branca". Quando Laura (Bella Piero) pergunta se Raquel já namorou Bruno, seu padrasto Vinícius (Flávio Tolezani) deixa a conversa ainda mais constrangedora e preconceituosa. "Nem chegou a ser um namoro, foi mais um lance entre doméstica e o filho do patrão" - diz o delegado sobre o questionamento se Bruno namorou Raquel. No mesmo capítulo, após o jantar, Nádia (Eliane Giardini) diz para o marido Gustavo (Luis Melo). "Esta negra, justamente esta negra tinha que se tornar a juíza da cidade?", dispara a matriarca.

  • Divulgação/TV Globo

    Monstrengo

    Logo no início da trama, a chegada de Estela (Juliana Caldas)a Palmas incomodou Sophia, que enviou a filha para estudar durante anos na Europa por ela ser anã. A vilã novamente tenta esconder a filha e diz que vai mandá-la para a fictícia Pedra Santa para maneira menos materna possível. "Você vai porque estou farta de olhar para você. Estou farta de ser obrigada a te levar nas festas. A ser motivo de curiosidade 'a mãe da anã'. 'Sofia, como é que você teve uma filha anã?', ficam me perguntando e eu tenho vontade de gritar: 'Eu pari uma anã, eu pari um monstrengo'". Sem acreditar no que ouve, Estela ainda tenta questionar e Sophia reafirma "monstrengo é o que você é".