Maria do Carmo, Porcina e mais peruas das novelas que inspiram Maria da Paz
Desde que ficou rica e poderosa em "A Dona do Pedaço" com sua rede de confeitarias, Maria da Paz (Juliana Paes) teve uma mudança bastante radical. Com um estilo brega e escandaloso, a personagem vem chamando a atenção do público - nem sempre de forma positiva - pelos looks carregados de cores e brilhos.
Ao misturar tudo isso à voz da personagem, sempre alguns tons acima, o resultado tem sido, digamos, curioso.
Mas Maria da Paz está longe de ser a primeira perua extravagante das novelas. De Maria do Carmo, a "Rainha da Sucata", à inesquecível vilã Carminha, de "Avenida Brasil", os folhetins estão recheados de personagens tão barraqueiras quanto carismáticas que conquistaram o público. O UOL lembra algumas:
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Imagem: Reprodução/Youtube Imagem: Reprodução/Youtube Viúva Porcina ("Roque Santeiro")
A icônica personagem de Regina Duarte em "Roque Santeiro" (1985) era o cúmulo do exagero. Quando Porcina entrava na sala, era quase um vendaval. Além disso, adorava gritar por aí, principalmente o nome de sua fiel escudeira: "Minaaaaa!".
Mas talvez o lado que Porcina mais "emprestou" a Maria da Paz foi seu estilo único...E por isso, leia-se, meio brega. Assim como da Paz, Porcina apreciava looks com cores berrantes, vestidos pomposos, uma maquiagem carregada, adereços extravagantes. Enfim, era difícil não olhar para a moradora de Asa Branca quando ela chegava. -
Imagem: CEDOC/Globo Imagem: CEDOC/Globo Maria do Carmo ("Rainha da Sucata")
Outra personagem marcante de Regina, Maria do Carmo, de "Rainha da Sucata" (1990) parece ser a que mais emprestou seu estilo para a atual protagonista das 21h. Primeiro, sua história: uma mulher que enriquece trabalhando duro e em um ramo popular: o da sucata. Orgulhosa de suas origens, teve até aulas de etiqueta para tentar se adequar a um estilo de vida de rico, mas queria mesmo era continuar comendo sua boa feijoada.
As personagens também se assemelham em outra característica difícil de passar batida: estão sempre uns decibéis a mais do resto dos mortais. Do Carmo era daquelas que gostava de gritar, principalmente quando estava irritada. Apesar de tudo, era ingênua e apaixonada, ou seja, Maria da Paz aprendeu direitinho. -
Imagem: Globo/João Miguel Júnior Imagem: Globo/João Miguel Júnior Maria do Carmo ("Senhora do Destino")
O nome é o mesmo, mas existem algumas diferenças entre a personagem de Susana Vieira em "Senhora do Destino" (2004) e a de Regina Duarte. A principal é que, por mais que fosse bem barraqueira, esta Do Carmo não costumava berrar para ser ouvida. Fora isso, o DNA de Maria da Paz está todo ali: uma história de superação de uma mulher que enriquece com um negócio popular, sem perder a essência.
/br> Maria do Carmo gostava mesmo era da comida de sua terra, não era de frescuras, gostava de roupas decotadas, e era irresistivelmente brega, tanto que a vilã da novela, Nazaré Tedesco (Renata Sorrah), debochava do estilo de sua loja. A personagem de Juliana Paes com certeza teria gostado. -
Imagem: Globo/Alex Carvalho Imagem: Globo/Alex Carvalho Clô ("Passione")
Em "Passione" (2010), Clô era a típica perua escandalosa. A personagem de Irene Ravache gostava de extravagâncias, não tinha problemas em aparecer e tinha os dois pés na cafonice. Ela era uma emergente que gostava de estar entre outras socialites.
Como suas antecessoras, usava roupas nada discretas, gostava de falar alto e de uma ceninha de vez em quando. Em um dos capítulos, a perua foi conhecer os estúdios da Rede Globo no Rio de Janeiro. O fuzuê que ela fez ao conhecer a atriz Claudia Raia deixaria Maria da Paz orgulhosa. -
Imagem: Alex Carvalho/Globo Imagem: Alex Carvalho/Globo Carminha ("Avenida Brasil")
Sim, Carminha será mais lembrada como umas das piores vilãs do horário nobre. Mas a personagem de Adriana Esteves em "Avenida Brasil" (2012) tinha alguns elementos em comuns com a mocinha da novela de Walcyr Carrasco. Para começar, as duas são bastante expansivas e não têm meias palavras. Gritaria também não é e nem nunca foi um problema.
Mas talvez o que mais aproxime as duas é que ambas, apesar de emergentes, nunca quiseram se confundir com a elite. Gostam de comida caseira e mantiveram um estilo desbocado, nada preocupado com a high society. Se não fosse o lado maquiavélico de Carminha, quem sabe as duas não trocariam figurinhas?