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O que a redação anda assistindo? Jornalistas do UOL indicam 10 séries

Do UOL, em São Paulo

08/06/2016 07h00

A redação do UOL Entretenimento está repleta de fãs de séries. Além de acompanhar as novidades dos canais de TV e serviços de streaming, cada um tem sua própria lista de atrações preferidas.

Quer saber o que os jornalistas do UOL andam assistindo? Preparamos uma lista com 10 séries recentes (ou nem tanto) que gostamos de ver por aqui:

  • Jim Fiscus/Divulgação

    "Penny Dreadful"

    Prato cheio para fãs de literatura gótica e fantástica, a série "Penny Dreadful" reúne personagens clássicos do horror - pense em Frankenstein, Drácula, bruxas, lobisomem e até Dorian Gray e Dr. Jekyll. Há muita ação, sustos e sangue, mas também há muito subtexto questionando noções de moralidade na Inglaterra da era vitoriana e de hoje.

    A personagem de Eva Green, Vanessa Ives, também é uma das mais feministas da TV atual - uma mulher literalmente em luta contra seus demônios internos e que desafia os limites da condição feminina. A série está na terceira temporada, que no Brasil é exibida pela HBO. Os dois primeiros anos também estão disponíveis na Netflix. (Natalia Engler)

  • Reprodução

    "The Americans"

    Philip e Elizabeth Jennings são a perfeita encarnação do "american way of life": bonitos, bem-sucedidos, com dois filhos e uma bela casa no subúrbio. Mas há um segredinho. Eles são, na verdade, espiões russos que realizam missões em solo americano para roubar informações estratégicas e repassá-las à União Soviética, no auge da Guerra Fria.

    Enquanto tentam cumprir as exigências da profissão sem serem descobertos, Philip e Elizabeth têm de lidar com os dramas da vida conjugal e familiar e com seus próprios dilemas internos. A série, bem escrita e recheada de bons diálogos, está em sua quarta temporada, exibida no Brasil pelo canal Fox Action. Já foi anunciado que ela irá acabar após a sexta, em 2018. As duas primeiras temporadas estão disponíveis na Netflix. (Beatriz Amendola)

  • Divulgação

    "Black Mirror"

    Séries que abordam o avanço da tecnologia e suas consequências na sociedade não faltam por aí. Mas é "Black Mirror" que bota o dedo na ferida mais profunda dessa geração: os efeitos colaterais de uma modernidade sem limites. É uma crítica social e cínica de como isso nos faz dependentes e psicologicamente frágeis --e incomoda nos ver tão bem representados no absurdo. O programa é uma espécie de "Além da Imaginação" (1959-1964) atualizado, que usa a tecnologia para refletir sobre as relações interpessoais, expondo o lado obscuro da humanidade. Uma ficção científica muito próxima da realidade, e por isso mesmo perturbadora. Vale compreendê-la como um alerta.

    São só duas temporadas com três episódios cada, de cerca de 1h de duração, além de um especial de Natal (2014). Cada episódio é independente entre si, com elenco diferente e histórias sem qualquer conexão, o que lhes permite ampliar o universo retratado. A série está disponível no Netflix, que já anunciou a terceira temporada com 12 novos episódios, ainda sem data de estreia. Acredite: você não verá nada igual na TV. (Mariana Tramontina)

  • Reprodução

    "Unbreakable Kimmy Schmidt"

    Kimmy Schmidt ficou 15 anos presa em um bunker enganada pelo líder de um culto apocalíptico que a convenceu - e outras três mulheres de sua cidade, em Indiana - de que o mundo estava prestes a acabar. Libertadas, elas viram notícia pelo país e Kimmy decide ficar em Nova York depois de dar entrevista a um canal de TV. Com a roupa (supercolorida, direto dos anos 90) do corpo, uma mochila, alguns trocados e 15 anos de atraso, ela encara a cidade grande com otimismo e inocência.

    Criada por Tina Fey e Robert Carlock, de "30 Rock", é marcada por um humor "estranho" característico daquela série - e de poucas outras, como "Parks and Recreation" (a inocência de Kimmy lembra muito a de Leslie Knope). As expressões exageradas e o sorriso escancarado da atriz Ellie Kamper são cativantes. E ela está acompanhada por uma boa turma de "outsiders", como Titus (Tituss Burgess), um negro gay que luta para se tornar um ator de musicais, e Jacqueline (Jane Krakowski), socialite que trava uma batalha interna para aceitar suas origens indígenas. A segunda temporada já está na Netflix. (Mirella Nascimento)

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    "Orphan Black"

    Murilo Benício que nos perdoe, mas clonagem profissional é com Tatiana Maslany, que faz um trabalho irretocável se desdobrando entre uma dezena de personagens, com sotaques, ritmos e timbres de voz diferentes em "Orphan Black", queridinha dos fãs de ficção científica. Agora exclusiva do Netflix no Brasil, a série conduz uma trama complexa e instigante que mistura grandes corporações, fundamentalismo religioso e, claro, ciência.

    Com a misteriosa morte da detetive Beth (Maslany), Sarah Manning (Maslany) é quem fica com a missão de investigar o mistério envolvendo as "irmãs", que, assim como ela e sua filha, Kira (Skyler Wexler), estão em perigo. Conforme vamos avançando na investigação, clones masculinos também dão o ar da graça. O quarto ano, ainda inédito por aqui, introduz novos personagens e recua no tempo para descortinar informações ainda não conhecidas pelo público. (Giselle de Almeida)

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    "Jane the Virgin"

    A premissa inusitada - uma virgem inseminada artificialmente por engano - veio de uma novela venezuelana, mas "Jane the Virgin" preferiu ver o copo meio cheio e transformou o dramalhão numa comédia americana, moderninha e muito bem-humorada, que já valeria a viagem só para assistir ao canastrão Rogelio de la Vega (Jaime Camil) brilhando em folhetins como "The Passions of Santos". Mas a série, exibida no Brasil pelo Lifetime e disponível na Netflix, promove os latinos a protagonistas respeitando suas tradições, sem abrir mão de fazer piada com os clichês.

    Impossível não tomar partido no triângulo amoroso entre Jane (Gina Rodriguez), Rafael (Justin Baldoni) e Michael (Brett Dier) ou se divertir com as intervenções de um narrador gente como a gente, que se envolve com a história. Quem nunca se surpreendeu com uma trama rocambolesca de uma novela mexicana não sabe o que está perdendo com as várias reviravoltas por minuto na trama policial que pontua o romance e a comédia. E participações pop como Juanes, Paulina Rubio e Britney Spears são um extra. (Giselle de Almeida)

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    "How to Get Away With Murder"

    Não importa o crime que cometeu, Annalise Keating (Viola Davis) vai dar um jeito de inocentar o réu do tribunal em "How To Get Away With Murder", que estreia a terceira temporada em setembro, no canal Sony. Especialista em Direito Penal, a advogada não mede esforços para alcançar seus objetivos e conta com a ajuda de um grupo de estagiários tão ambiciosos como ela.

    Seja pelo roteiro coeso, pelas cenas de flashforward que se interligam ao presente, ou pela interpretação arrebatadora de Viola Davis, a série conquista o telespectador também pela coragem em abordar determinados assuntos sem falsos pudores, como traições e homossexualidade. Sem contar as seasons finales que deixam os fãs desesperados pela próxima temporada. (Gisele Alquas)

  • Divulgação

    "Silicon Valley"

    A terceira temporada de "Sillicon Valley", exibida todo domingo na HBO, cumpre com louvor a difícil missão de segurar o público de "Game of Thrones", que o precede na programação. A melhor maneira de descrever a série é com uma mistura do humor nerd de "The Big Bang Theory" com a acidez de "The Office". No enredo, programadores geniais do Vale do Silício desenvolvem aplicativos revolucionários, mas não conseguem enriquecer porque fazem burradas que deixariam até o Michael Scott com vergonha.

    A série, evidentemente, tem mais apelo com os geeks ligados nas idiossincrasias do Vale do Silício. Mas a satírica representação da cultura tech também é capaz de divertir aos fãs mais aguerridos das épicas aventuras de Westeros. (Felipe Cruz)

  • Divulgação

    "Vikings"

    "Vikings", evidentemente, é um seriado a respeito desses povos que habitaram a Escandinávia entre os séculos 8 e 9. Ao longo das temporadas - são cinco no total - acompanhamos a saga de Ragnar Lothbrok e sua família. Nada de muita erudição, o que temos mesmo são espadas, escudos e maças ditando o tom de batalhas extremamente sangrentas - cabeças barbudas rolam com frequência e ao menos um belo rosto fica completamente desfigurado após uma machadada -, seja na própria Escandinávia, seja na Grã-Bretanha ou na França, terra que os vikings alcançam em seus projetos expansionistas.

    Além da maneira que a barbárie é representada, também vale para conhecermos mais sobre esses homens e mulheres das terras geladas e termos uma representação de como se deram alguns dos primeiros intercâmbios - palavra que disfarça bem a violência das situações - culturais e religiosos. Exibida no Brasil pela NetGeo, tem três temporadas disponíveis na Netflix. (Rodrigo Casarin)

  • Divulgação/Netflix

    "Grace and Frankie"

    A série original da Netflix ganhou a segunda temporada em maio deste ano - que, aliás, é ainda melhor que a primeira. Da criadora de "Friends", Marta Kauffman, a série mostra o cotidiano das mulheres do título, vividas por Jane Fonda e e Lily Tomlin. Uma é madame, a outra é hippie, mas Grace e Frankie, aos 70 e poucos anos, passam por situações muitos semelhantes das vividas pelas mulheres de 20, 30, 40... Ficam nervosas com o novo crush, têm dilemas profissionais, se irritam com os filhos e às vezes só querem se divertir um pouco com substâncias ilícitas. A série veio para esfregar na nossa cara que vovós e vovôs não passam o dia tricotando na frente da TV ou jogando dama na praça. (Mariane Zendron)