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Ricas e malvadas: como Magnólia, relembre matriarcas vilãs da TV

Do UOL, no Rio

15/10/2016 07h30

Em nome da família, dos bons costumes e também do patrimônio conquistado sabe-se lá como, elas são capazes de tudo. Mentir, trapacear, comprar maridos e mulheres, colocar fogo em fazendas e fábricas, criar intrigas, afastar casais e até matar. Não se engane com o jeito meigo, a fala mansa e, de vez em quando, com um sorrisinho no canto da boca das matriarcas poderosas das novelas.

Elas são vilãs e muitas delas se transformaram em grandes personagens da história da televisão brasileira. Como esquecer Odete Roitman, de "Vale Tudo"? Laurinha Figueiroa, de "Rainha da Sucata"? E Encarnação, de "Velho Chico"?

Substituta da trama de Benedito Ruy Barbosa, "A Lei do Amor" tem também uma representante das chefes de família que passam por cima de tudo e de todos em nome dos seus respectivos clãs: Magnólia, interpretada pela atriz Vera Holtz. Nos primeiros capítulos, ela já mostrou para o que veio e tudo indica que a matriarca ainda vai aprontar até o final.

  • Tv Globo

    Renata Dumont (Tereza Rachel), de "Louco Amor" (1983)

    A origem humilde ficou no passado de Renata Dumont. Casada com um embaixador, por puro interesse, ela era calculista e cortejava sempre os que tinham poder. Fez inúmeras maldades para não ver seus herdeiros nas garras dos "aproveitadores" e um dos seus principais alvos foi Luís Carlos (Fabio Júnior), que ela pensava ser filho da empregada, mas na verdade era o menino que ela deu para a amiga criar. Manipulou toda a família e cometeu tantas maldades que acabou sendo desmascarada. Sem dinheiro e sem prestígio, se muda para o interior e vira gerente de uma modesta pensão da cidade.

  • Divulgação Globo

    Odete Roitman (Beatriz Segall), de "Vale Tudo" (1988)

    Autoritária, forte e, desde a morte do marido, presidente do grupo Almeida Roitman. Morava em Paris e odiava o Brasil, para onde só viajava em casos de necessidade. Queria escolher os parceiros dos filhos Helena (Renata Sorrah) e Afonso (Cássio Gabus Mendes). Chegou a comprar o marido para a herdeira e patrocinar as maldades da nora só para não ter dor de cabeça com a família. Humilhava os subordinados e todos que estivessem em posição inferior, inclusive a irmã Celina (Nathalia Timberg). Odete foi assassinada nos capítulos finais e o "quem matou" a vilã de "Vale Tudo" dominou o Brasil até a revelação da assassina: Leila (Cássia Kiss).

  • TV Globo

    Joana Flores (Yara Amaral), de "Fera Radical" (1988)

    Matriarca da família Flores, Joana era capaz de tudo para manter a paz na família e a também a fortuna. No passado, ela planejou e executou a morte dos vizinhos para ampliar os limites da fazenda. Só que anos depois a única sobrevivente do massacre, Claudia (Malu Mader), voltou com sede de vingança. Só que a mocinha se encantou mesmo pelo filho predileto da malvada, Fernando (José Mayer). Joana usou todas as armas para afastar os dois e a última cartada foi tentar matar a futura nora dias antes do casamento. Mas ela foi quem morreu após uma luta corporal entre mocinha e vilã.

  • Reprodução/TV Globo/Youtube

    Laurinha Figueiroa (Gloria Menezes), de "Rainha da Sucata" (1990)

    A família Albuquerque Figueiroa era uma das mais elegantes e refinadas da sociedade paulista, mas totalmente falida, para desespero de Laurinha. Casada com um homem mais velho, ela nutria uma paixão proibida pelo enteado, Edu (Tony Ramos). A ideia de vê-lo casado com uma emergente social, a sucateira Maria do Carmo (Regina Duarte), fez Laurinha mostrar do que era capaz. Tentou arrumar casamentos para os dois filhos Adriana (Claudia Raia) e Rafael (Maurício Mattar) e infernizou a vida de Maria do Carmo ao se jogar do alto de um prédio para incriminar a mocinha.

  • Divulgação

    Soraya Montalbán (Itatí Cantoral), em "Maria do Bairro" (1997)

    Soraya se fingia boa para agradar a todos, principalmente sua tia, Victória. Com a chegada de Maria do Bairro à mansão dos De La Vega, ela mostrou quem era realmente: cruel e disposta a tudo para conseguir seus objetivos. De armação em armação, conseguiu casar com o herdeiro da fortuna da família, Luis Fernando, que amava Maria do Bairro. Se fez de morta após cair do alto de um prédio, em uma discussão com seu amante Osvaldo. Anos depois, voltou para se vingar dos seus desafetos. Chamava Maria do Bairro de "catadora", "morta de fome" e "marginal", expressões que ficaram marcadas na trama.

  • Tv Globo

    Branca Letícia de Barros Mota (Susana Vieira), em "Por Amor" (1997)

    Branca Letícia de Barros Mota tinha um lema que dizia tudo sobre sua personalidade: "Quando eu sou boa, eu sou boa. Mas quando eu sou má, eu sou ÓTIMA!". Ela era extremamente cruel com dois dos seus principais desafetos, Helena (Regina Duarte), por ter casado com a sua grande paixão, Atílio (Antônio Fagundes), e Nando (Eduardo Moscovis), piloto pobre que estava fora dos seus planos como marido de sua filha Milena (Carolina Ferraz). Nem o filho mais novo Leo (Murilo Benício) escapava de suas armações. Branca terminou a trama sozinha na mansão da família.

  • TV Globo

    Maria Altiva Albuquerque (Eva Wilma), de "A Indomada" (1997)

    Ao longo da trama, a megera humilhou muito o filho adotivo, Artêmio (Marcos Frota), e não perdeu chances de brigar com a sobrinha Helena (Adriana Esteves). Ambiciosa, ela encontra no deputado Pitágoras (Ary Fontoura), um político corrupto, o parceiro ideal para seus golpes contra todos os seus inimigos. Falsa beata, dizia ser o braço de Deus na Terra e repetia um dos seus bordões mais famosos: "Oxente, my God". Seu fim foi inusitado: Maria Altiva virou fumaça e cobriu o céu da cidade de Greenville - jurando que se vingaria de todos e gritando: "I'll be back (eu voltarei)", gargalhando ao fundo.

  • Reprodução/Gshow

    Beatriz Falcão (Fernanda Montenegro), de "Belíssima" (2005)

    Bia Falcão dizia que tinha horror aos pobres e todo esse ódio, na verdade, era fruto de uma desilusão amorosa. No passado, ela se apaixonou por um homem de vida simples que não quis assumi-la. Bia chegou a ter uma menina dessa relação, mas a abandonou. Anos depois, Vitória (Claudia Abreu) aparece na vida da ricaça e casada com um dos seus netos, Pedro (Henri Castelli). O mundo caiu, mas ela não perdeu a pose. Fez todas as maldades possíveis para conseguir o que queria, inclusive sequestrar a própria bisneta (Marina Ruy Barbosa). Desmascarada pelas vilanias, ela fugiu do país com seu amante mais jovem (Cauã Reymond).

  • Divulgação Record

    Vilma Oliveira Santos (Lucinha Lins), em "Chamas da Vida" (2008)

    Viúva e mãe de três filhos, Vilma era movida a vingança pela morte do marido, acusado de roubar a fábrica de sorvete. Queria que o seu filho mais velho Tomás (Bruno Ferrari) se casasse com Carolina, herdeira da empresa. Armou poucas e boas, mas só conseguiu se atrapalhar cada vez mais e aí passou a ser uma vilã piromaníaca, doença que faz com que a pessoa tenha prazer em provocar incêndios, atear fogo e queimar coisas. Seus inimigos morreram queimados e no final da novela, ela acabou morrendo numa explosão armada pelo incendiário misterioso. Destino é fogo.

  • Divulgação/Record

    Regina Camargo Leal (Beth Goulart), em "Vidas em Jogo" (2011)

    Viúva, empresária de sucesso que passou dificuldades na adolescência, ela casou por interesse e tentou garantir também o futuro das herdeiras Patrícia (Thaís Ferçosa) e Tatiana (Shaila Arsene) acima de tudo. Reprovava o romance do motorista Francisco (Guilherme Berenguer) com sua filha, mas quando ele ganhou na loteria, a coisa mudou de figura. Ao se apaixonar por Cleber (Sandro Rocha), um ex-policial corrupto que foi envolvido com a milícia e comandava uma frota de táxis clandestinos, a vilã se tornou ainda mais cruel e terminou a trama na cadeia.

  • TV Globo/Divulgação

    Encarnação de Sá Ribeiro (Selma Egrei), em "Velho Chico" (2016)

    Filha de um rico fazendeiro de Alagoas, Encarnação teve um casamento arranjado com Jacinto de Sá Ribeiro (Tarcísio Meira). A morte do filho primogênito, Inácio, afogado no rio, a deixou dura como uma pedra. Viúva, obrigou o filho Afrânio (Antônio Fagundes) a se tornar o coronel da região. Viveu às turras com ele, tentando fazer valer a sua vontade. Mandou matar os inimigos deixando a culpa cair nas costas do seu herdeiro. Disse que fez tudo em nome da família, mas no fim da novela, cansada de tanto aprontar e não conseguir manter os Sá Ribeiro unidos, ela se arrependeu dos pecados.