Bola fora: seis histórias que ficaram de escanteio em "A Regra do Jogo"
Com atores talentosos e personagens que prometiam, João Emanuel Carneiro parece ter perdido a oportunidade de explorar melhor algumas histórias de "A Regra do Jogo", novela que termina nesta sexta-feira (11).
A trama central, com a facção, segurou bem o público, mas por que enfraquecer o tema de violência doméstica, vivida por Domingas (Maeve Jinkings) e Juca (Osvaldo Mil)? Adisabeba, papel de Susaninha, era para fazer brilhar o Morro da Macaca inteiro e podia ter mais participação no núcleo policial, com influências que só 'dono de morro' tem. Mas ficou mais tomando conta do filhinho.
E o Marcos Caruso, coitado? Feliciano é simplesmente primo do maior vilão da trama, o Gibson (Zé de Abreu), por que não explorar mais isso e conectá-lo mais com a facção?
O UOL listou seis histórias que foram subaproveitadas em 'A Regra do Jogo". Veja se você concorda.
Personagens desperdiçados em "A Regra do Jogo"
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Adisabeba (Susana Vieira)
A toda poderosa do Morro da Macaca prometia ser um destaque em "A Regra do Jogo", mas não foi bem aproveitada e acabou se limitando a correr atrás do filho marmanjo Merlô (Juliano Cazarré) e ser a conselheira de Juliano (Cauã Reymond) e Tóia (Vanessa Giácomo). Nem mesmo o visual extravagante da personagem de Susana Vieira conseguiu contribuir para que ela se destacasse na novela. Por que João Emanuel não ligou a personagem, considerada a dona do morro, com a facção ou, ao menos, não fez de Adisabeba uma informante da polícia?
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Feliciano (Marcos Caruso)
O bon vivant Feliciano parecia que cairia no gosto do público como aconteceu com o Leleco, de "Avenida Brasil", também interpretado por Marcos Caruso. O chefe da família do núcleo cômico da família, assim como os os demais personagens, acabou apagado e com uma trama confusa. Isso sem falar que ele é simplesmente o primo de Gibson (José de Abreu). O autor poderia ter aproveitado essa ligação familiar para inserir o personagem no núcleo central e até revelar podres do passado do Pai da facção, que também foi amante de Claudine (Maria Padilha), outra personagem mal aproveitada, que poderia ter contribuído para relacionar os personagens na trama
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Domingas (Maeve Jinkings) e Juca (Osvaldo Mil)
Os personagens tinham uma história dramática que envolvia um tema muito importante na sociedade: o alto número de mulheres que são agredidas por seus maridos no Brasil. A talentosa Maeve Jinkings emocionou os telespectadores com os dramas vividos por uma mulher submissa que sofre violência doméstica do marido, o machista e agressivo Juca (Osvaldo Mil). No meio da trama, o autor quis dar momentos de felicidade para Domingas, mas acabou foi dando um nó na trama ao incluir o misterioso Rodrigo (Carmo Dalla Vecchia), que tentou superar a perda dos filhos buscando conforto na humilde mulher
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Nora (Renata Sorrah)
Nora, a sofrida esposa de Gibson (José de Abreu), deixou a competente Renata Sorrah apagada e "cega" durante toda a novela. A mulher da família Stewart manteve o casamento para preservar os filhos e netos e parecia ser a pessoa mais equilibrada da casa. Ela até arrumou um amante, o segurança Régis (Oscar Magrini), mas o Pai da facção conseguiu atrapalhar a nova relação da mulher. Será que o autor prepara uma reviravolta e surpresa para Nora no último capítulo? Oremos!
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Djanira (Cássia Kis)
Com intensa carga dramática, Djanira tinha um papel fundamental na trama de João Emanuel Carneiro. Mãe biológica de Romero Rômulo (Alexandre Nero) e adotiva de Tóia (Vanessa Giácomo) e Juliano (Cauã Reymond), a personagem expulsou o filho de sangue de casa e sabia muito sobre o passado de Zé Maria e o massacre de Seropédica. Cássia Kis protagonizou cenas emocionantes e foi um desperdício ter tirado a personagem de cena nos primeiros capítulos da novela. A cena em que Djanira foi baleada durante um tiroteio no dia do casamento de Tóia e Juliano foi triste e comovente. A morte de Djanira deixou o público carente do talento da atriz e representou uma virada na novela. A partir deste momento, Tóia e Romero começaram a se aproximar
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Orlando (Eduardo Moscovis)
A morte do empresário Orlando, interpretado por Eduardo Moscovis, deixou um vazio no núcleo da facção. Na trama, ele armou um plano audacioso para sequestrar Gibson (José de Abreu), o Pai da facção criminosa, e terminou assassinado pelo bandido líder da organização no capítulo que foi ao ar no dia 7 de janeiro. O personagem, que se relacionou com Nelita (Bárbara Paz) e teve um embate com Gibson se destacou em suas últimas cenas da novela ao lado do sogro rival
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