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Entre a vida e a morte: 5 razões para dar uma chance a "Espelho da Vida"

O triângulo de "Espelho da Vida" que ultrapassa o tempo: Júlia, Danilo e Gustavo - Victor Pollak/Globo
O triângulo de "Espelho da Vida" que ultrapassa o tempo: Júlia, Danilo e Gustavo Imagem: Victor Pollak/Globo

Do UOL, em São Paulo

18/01/2019 04h00

"Espelho da Vida" tem enfrentado algumas dificuldades com sua audiência, cujos índices já se igualaram aos de suas piores antecessoras no horário das 18h. Entretanto, a novela espírita de Elizabeth Jhin, que foi criticada pelo ritmo lento, conseguiu conquistar alguns fãs fiéis.

A história está recheado de reviravoltas que constroem uma trama diferente do habitual. No capítulo desta quinta-feira (17), por exemplo, foi revelada ao público a reencarnação de Danilo (Rafael Cardoso): Daniel, que se deparou com um retrato que fez na vida passada, prometendo novos conflitos.

O UOL lista alguns motivos que fazem de "Espelho da Vida" uma novela que merece ser acompanhada:

  • Estevam Avellar/Globo

    Entre o passado e o presente

    A última novela de Elizabeth Jhin, "Além do Tempo", foi muito elogiada por sua originalidade, uma vez que se tornou, essencialmente, duas novelas em uma. Entretanto, "Espelho da Vida" é ainda mais ousada, ao misturar duas linhas temporais em uma só trama.

    Cris Valência (Vitória Strada) é uma atriz que descobre que descobre que foi a personagem que interpreta em um filme, Júlia Castelo, em uma vida passada. Mais do que isso, ela descobre um portal no tempo que a permite viajar para sua vida passada.

    No passado, a protagonista encontra as encarnações anteriores que convivem com ela no presente, e vai aos poucos desvendando os mistérios que cercam o assassinato de Júlia. Requer atenção, mas recompensa o público com histórias interessantes, que debatem as disparidades entre o que era ou não correto antigamente comparado à hoje.

  • Raquel Cunha/Globo

    Quem somos e quem fomos

    Por contrapor o passado e o presente, "Espelho da Vida" cria uma dinâmica interessante entre seus personagens, que vivem conflitos relacionados a suas antigas encarnações, ao mesmo tempo que procuram de alguma forma evoluir na atual.

    Cada personagem alterna qualidades e defeitos, ou seja, não existem vilões e mocinhas clássicos como os que se costuma ver no horário. Mais profundos, eles se desdobram em várias camadas e passam por conflitos emocionais e psicológicos bem mais interessantes.

  • Reprodução/Globo

    Um amor que transcende a vida

    O casal Cris (Vitória Strada) e Alain (João Vicente de Castro) não despertou a torcida do público, mas talvez fosse justamente esse o motivo. Isso devido ao fato de que a alma gêmea de Cris na vida passada era Danilo (Rafael Cardoso), que reencarna na vida presente como Daniel. A química entre Strada e Cardoso é aparente e os dois dividem belas cenas juntos.

    Os dois passaram por diversos percalços na vida passada e, ao que tudo indica, estão destinados a se reencontrar no presente, algo feito sob medida para mostrar a força dos dois protagonistas.

  • Reprodução/Globo

    Lentidão ou sutileza?

    Criticada pela trama lenta, a novela também é admirada pelos (poucos) fãs exatamente por ir na contramão do ritmo frenético das tramas atuais. O tom é minimalista e a ação, por outro lado, preza por situações e diálogos sem pressa.

    Tudo isso confere à trama um ar provinciano que casa com seu cenário, dando a ela uma delicadeza rara em novelas.

  • Victor Pollak/Globo

    Tudo novo, de novo

    Como se divide entre duas épocas distintas --os anos 30 e os atuais--, a novela precisa não apenas adequar seus cenários, mas seus figurinos e toda a produção.

    A reconstituição é feita nos mínimos detalhes. As constantes viagens no tempo também exigem mais dos atores, que precisam mudar o registro de suas interpretações, vivendo suas encarnações presentes e passadas.