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Justiça americana valida processo contra Bill Cosby

Divulgação/Condado de Montgomery County
Imagem: Divulgação/Condado de Montgomery County

Norristown, Estados Unidos

04/02/2016 00h04

Um juiz da Pensilvânia (nordeste) validou nesta quarta-feira o processo criminal aberto contra Bill Cosby por violência sexual - que foi contestado pelos advogados do ator.

Os advogados de Bill Cosby começaram nesta quarta-feira o segundo dia de debates num tribunal da Pensilvânia para exigir a anulação do processo contra o famoso comediante acusado de agressão sexual.

Acusado há meses por dezenas de mulheres, o ator de 78 anos foi acusado em 30 de dezembro de agressão sexual agravada por fatos que remontam ao início de 2004 e que teriam afetado Andrea Constand, uma ex-funcionária da Universidade de Temple, na Pensilvânia.

Após ser denunciado pela jovem em uma instância civil poucos meses depois dos ocorridos, Cosby concordou em dar seu depoimento antes de alcançar um acordo financeiro com Andrea Constand em 2005.

O juiz Steven O'Neill não aceitou a linha de argumentação da defesa, que pedia a anulação das acusações criminais contra ele por supostamente violar aquele compromisso.

No depoimento, Cosby reconheceu que deu um comprimido para Constand, que depois lhe acariciou o peito e a apalpou. Afirmou, contudo, que a relação foi consensual e que a jovem jamais se opôs ao ato.

A substância das deliberações desta quarta-feira, assim como da terça, se refere à natureza exata do acordo entre o ex-promotor do condado de Montgomery (Pensilvânia) Bruce Castor, e as partes, que contemplava que Bill Cosby não seria acusado criminalmente.

O promotor atual, Kevin Steele, acredita que não está vinculado por esse compromisso, que nunca foi formalizada por escrito, à margem de um comunicado de imprensa.

O juiz O'Neill se surpreendeu publicamente durante a audiência de terça-feira que o acordo não tenha sido transcrito.

O principal assessor jurídico Cosby, John Schmitt, chamado como testemunha, disse nesta quarta-feira que o ator nunca teria concordado em depor se não tivesse certeza de que um processo criminal não seria movido contra ele.