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Polícia vê legítima defesa na morte de 'fã' de Ana Hickmann

A apresentadora Ana Hickmann, que sofreu ataque de suposto fã em Minas Gerais - Rafael Cusato/Photo Rio News
A apresentadora Ana Hickmann, que sofreu ataque de suposto fã em Minas Gerais Imagem: Rafael Cusato/Photo Rio News

22/05/2016 17h52

A Polícia Civil de Minas Gerais aponta para reação em legítima defesa no assassinato de Rodrigo Augusto de Pádua, 30 anos, que invadiu no sábado, 21, o quarto do hotel Ceasar Business, em Belo Horizonte, onde estava hospedada a apresentadora de televisão Ana Hickmann. Rodrigo foi morto a tiros por Gustavo Correa, empresário e cunhado da apresentadora.

Hickmann foi ouvida ainda no sábado (21) pelo Departamento de Investigação de Homicídio e Proteção à Pessoa, no bairro Bonfim, Região Noroeste de Belo Horizonte, e liberada, assim como seu empresário. A assessora da apresentadora, Giovana Alves de Oliveira, mulher de Gustavo e que também estava no quarto no momento da invasão, foi baleada e segue internada no hospital Biocor.

A apresentadora Ana Hickmann deixa a delegacia, em Belo Horizonte, após ter sido alvo de uma tentativa de assassinato

Conforme a Polícia Civil, Rodrigo se hospedou no hotel na sexta-feira, 20. Ontem (21), depois do almoço, abordou Gustavo no elevador com um revólver calibre 38 e o obrigou a levá-lo até o quarto da apresentadora, que estava com Giovana. O agressor mandou que os três se sentassem virados para a parede e passou a dizer frases desconexas e gritar com a apresentadora.

Segundo o capitão da Polícia Militar Flávio Santiago, o assessor da apresentadora começou a discutir com Pádua sobre suas intenções. "Ele falava palavras desconexas e aparentava sofrer algum tipo de confusão mental", disse. Pelo que se apurou, o alvo de toda a sua fúria seria a apresentadora, alvo de xingamentos e queixas confusas.

Hickmann e Gustavo relataram ao delegado Flávio Grossi que, no momento da discussão, Rodrigo teria disparado duas vezes e acertado Giovana. As balas acertaram a assessora de Ana no ombro e na barriga. O empresário, então, começou a lutar com Rodrigo, tomou-lhe a arma e o acertou três vezes, inclusive na cabeça.

O capitão Santiago afirmou que, na sequência, o cunhado da apresentadora entregou a arma na recepção do hotel e pediu que a polícia fosse chamada.

O irmão de Rodrigo, Helissom Augusto de Pádua, que esteve no hotel, afirmou que a família verificou nas redes sociais mensagens do parente a Ana Hickmann. "Pegamos mensagens que foram enviadas à apresentadora pelo Instagram", disse. Nos textos, o atirador dizia que amava a apresentadora.

Helissom disse ainda que somente há pouco tempo a família ficou sabendo que Rodrigo era fã da apresentadora. Helissom contou ainda que o irmão morava em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e que deixou a cidade afirmando que queria conhecer Belo Horizonte. O irmão afirmou ainda que Rodrigo não trabalhava, "apenas fazia academia e ia para casa".

O marido de Ana Hickmann, Alexandre Correa, seguiu ontem (21) para BH e não falou com a imprensa. O Hotel Caesar Business lamentou "ter sido o local do ocorrido" e afirmou que está contribuindo para as investigações. O Hospital Biocor, para onde Giovana foi levada, não detalhou o estado de saúde da vítima, alegando respeitar a vontade da família. Ana Hickmann estava na cidade para o lançamento de um produto de sua grife.

Procurada, a Record informou em nota oficial que "deseja a mais rápida recuperação de Giovana e informa que Ana Hickmann, apesar de tudo o que aconteceu, está se recuperando desta absurda situação".