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Kim Kardashian promove criptomoeda e entra na mira do Reino Unido

Kim Kardashian - Reprodução/Instagram
Kim Kardashian Imagem: Reprodução/Instagram

08/09/2021 16h52

A empresária e socialite americana Kim Kardashian foi criticada por promover no Instagram uma criptomoeda. As críticas vieram do chefe da Financial Conduct Authority (FDA), o órgão regulador financeiro do Reino Unido.

Charles Randell disse que Kardashian "pediu a seus 250 milhões de seguidores que especulassem uma criptomoeda" ao promover um anúncio para o Ethereum Max.

Randell chamou a moeda de "um token digital especulativo criado um mês antes por desenvolvedores desconhecidos".

E acusou influenciadores digitais de alimentar "ilusões de riqueza rápida".

Randell falou sobre o caso durante o Simpósio Internacional de Cambridge sobre Crimes Financeiros.

O presidente da FCA disse que a postagem de Kardashian no Instagram, que ele destacou ter sido sinalizada corretamente como um anúncio publicitário, pode ter sido a "publicidade financeira com o maior alcance de público da história".

O token promovido como Ethereum Max não deve ser confundido com a criptomoeda Ethereum.

"Não posso dizer se este token específico [Ethereum Max] é uma farsa", disse Randell.

"Influenciadores das redes sociais são rotineiramente pagos por golpistas para ajudá-los a bombar e descartar novos tokens por causa da pura especulação. Alguns influenciadores promovem moedas que simplesmente não existem", disse ele.

A BBC procurou a Ethereum Max e também Kim Kardashian para comentar o caso, mas não obteve resposta.

Randell disse que cerca de 2,3 milhões de britânicos atualmente possuem criptomoedas e que 14% deles também usam crédito para comprá-las, "aumentando assim a exposição a perdas financeiras".

Segundo ele, a FCA alertou os britânicos repetidamente sobre os riscos de manter "tokens especulativos", que não são regulamentados pela FCA ou cobertos por qualquer esquema de compensação.

"Se você comprá-los, deve estar preparado para perder todo o seu dinheiro", disse.

Randell afirmou que ainda há espaço para orientar consumidores de que seus investimentos podem não estar protegidos "às implacáveis ??e muitas vezes enganosas técnicas de publicidade de alguns negócios de criptografia".