Irmão de Diana diz que mentiram para ele sobre sobrinhos no funeral
O irmão princesa Diana, o conde Charles Spencer, afirmou nesta quarta-feira (26) que mentiram para ele sobre a vontade dos seus sobrinhos, os príncipes William e Harry, de andar atrás do caixão da mãe no funeral.
"Me disseram que eles queriam fazer isso, quando, na verdade, não queriam. Foi cruel e bizarro", disse o irmão, de 52 anos, nesta quarta-feira à rádio "BBC", sobre o fato de os meninos, então com 15 e 12 anos, terem que andar no cortejo fúnebre da mãe, que morreu em um acidente de carro, no dia 31 de agosto de 1997, em Paris.
Para o conde Spencer, aquela foi "a pior meia hora" da sua vida e até hoje tem pesadelos com o momento.
"Andar atrás do ataúde, junto com dois meninos enormemente afetados pela dor, foi o pior do dia. Simplesmente nos disseram que olhássemos para a frente", revelou.
Ele garantiu ter sido um "grande defensor" de que os sobrinhos não participassem do cortejo, porque certamente a mãe não ia querer. Durante a cerimônia, no dia 6 de setembro, menos de uma semana depois da morte da princesa, ele disse ter ouvido choro e soluços da população amontoada nas ruas.
"Era impossível não perceber a emoção que emanava da multidão, era muito poderosa", relatou.
Sobre o elogio fúnebre, em que declarou que William e Harry estariam protegidos pela sua "família de sangue" e que foi interpretado como um ataque à família real britânica, ele afirmou não querer incomodar.
"Acredito que tudo o que eu disse era verdade e era importante para ser honesto. Não queria incomodar ninguém", justificou.
No texto, ele também mencionou os transtornos alimentares da irmã, bem como o impacto dos paparazzi na sua vida, temas que, em sua opinião, eram "apropriados" para o momento.
Por ocasião dos 20 anos da trágica morte de Diana de Gales, junto ao empresário e amigo Dodi Al-Fayed, o irmão releu as palavras pronunciadas no funeral pela primeira vez.
"Acredito que foram muito equilibradas. Não sou um republicano raivoso, mas o discurso era sobre Diana e mais ninguém ", opinou o conde.