"Só Silvio Santos me deixou criar o programa que eu queria", diz Cabrini
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Francisco Roberto Cabrini, 56 anos, já passou pelas principais emissoras do país e tem como legado os principais prêmios e honrarias do jornalismo brasileiro. Ex-correspondente internacional e de guerra da Globo, com passagens na Band e na Record, acabou se estabilizando desde 2009 no SBT, justamente uma emissora que não tem tradição em jornalismo.
Hoje Cabrini apresenta o "Conexão Repórter", há cinco anos consecutivos vice-líder de audiência em todo o país.
Leia trechos da conversa que ele teve com a coluna:
Com tantas emissoras em que você trabalhou, como você foi se encontrar no SBT, uma casa que não tem muita tradição em jornalismo?
Roberto Cabrini - Apesar de ter gratidão por todas as casas em que passei, posso garantir que Silvio Santos foi o único a me dar condições de fazer o projeto que eu queria, de montar minha própria equipe, de ter minhas pautas. Tenho toda liberdade no SBT.
Mas isso também não ocorria nas outras emissoras?
Cabrini - Em termos, nas outras era bem mais complicado. Só o SBT me deixou criar e apresentar o programa como eu imaginava. E está dando certo, né?
Você já sofreu ameaças, chantagem… neste fim de semana mesmo o programa exibiu matéria sua em que você passou a noite no presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. Até onde vale correr riscos para fazer uma reportagem?
Cabrini - Eu corro riscos, claro, mas isso não significa que não tomamos todo o cuidado com nossa segurança. O jornalista tem o poder de decidir quanto quer correr riscos. Eu corro sempre que acho que a informação precisa chegar até o público. Eu já cobri cinco, seis guerras, então, estou acostumado a correr riscos.
Quais são os jornalistas que você mais admira?
Cabrini - Admirar eu admiro muitos, mas copiar acho que nenhum. Consegui criar um estilo próprio, creio. Mas gosto e respeito muito o trabalho do Caco Barcellos na Globo hoje, por exemplo.
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