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Ricardo Feltrin

Dados entre Ibope e GfK pós-apagão analógico apresentam divergências

Ibope e GfK começam a mostrar números diferentes da audiência da TV pós apagão do sinal analogico - Getty Images/iStockphoto
Ibope e GfK começam a mostrar números diferentes da audiência da TV pós apagão do sinal analogico Imagem: Getty Images/iStockphoto

Colunista do UOL

02/04/2017 00h25Atualizada em 02/04/2017 01h51

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A medição de audiência da TV brasileira enfrenta um período de turbulência desde a última quinta-feira, quando o sinal analógico de TV foi encerrado na Grande SP.

Desde então os dados obtidos pela Kantar Ibope e a empresa alemã GfK --rivais na medição do ibope brasileiro-- vêm apresentado discrepâncias em horários-chave, como o nobre.

Na última quinta, às 22h37, a Globo estava registrando cerca de 29 pontos no Ibope e 42 no GfK. São por volta de 13 pontos de diferença, ou mais de 30%

Neste sábado (1º), às 20h37, por exemplo, pelo Ibope a Globo tinha 25,4 pontos, a RecordTV tinha 5,6; o SBT, 4,6 pontos. A Band, 1,1; e a RedeTV!, 0,3

Mas no GfK a Globo marcava 5 pontos a mais --30,5--, a RecordTV registrava 6,1 pontos,, o SBT, 5,9; a Band, 2 pontos e a RedeTV, 0,4 ponto.

Na Grande SP, em ambas as medições o número de domicílios para cada ponto está em torno de 70 mil, com 3,3 habitantes em média.

Ainda é cedo para fazer afirmações definitivas, mas a diferença de dados incomoda todas as emissoras. Inclusive a Globo, que não é assinante na GfK.

 O CASO ANALÓGICO

Na madrugada da última quinta-feira, mais de 23  milhões de habitantes de quase 40 cidades da Grande São Paulo perderam o sinal analógico de TV, dando início à era 100% digital da teledifusão.

Record, SBT e RedeTV, por meio da empresa Simba, exigem ser remuneradas pelas operadoras por seus sinais HD, pois a lei agora permite isso. As operadoras sempre colocaram esses sinais em seus pacotes, porque analógicos eram livres. Mas quando se tornaram HD permitiram às TVs comercializarem seus sinais (e conteúdos, claro).

Em uma discussão intransigente, apressada e dada ao radicalismo corporativo, a Simba decidiu cortar o sinal das operadoras e milhões de assinantes da Net e Sky, entre outras menores, ficaram sem três emissoras na Grande SP.

No primeiro dia sem serem exibidas na TV paga, Record, SBT e RedeTV! despencaram em audiência.

Em média, 30%.

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