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Ricardo Feltrin

Rivais no SBT, Marcão e Dudu Camargo dão dor de cabeça ao RH

Dudu Camargo e Marcão em momento tenso no "Primeiro Impacto" - Reprodução/SBT
Dudu Camargo e Marcão em momento tenso no "Primeiro Impacto" Imagem: Reprodução/SBT

Colunista do UOL

06/12/2018 07h02

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A relação entre os apresentadores do telejornal "Primeiro Impacto", do SBT, daria uma novela mexicana.

Marcão do Povo, 38 anos, e Dudu Camargo, 21 anos, são (metaforicamente falando) como duas divas mimadas de Guadalajara.

Trabalham na mesma empresa e disputam a simpatia do dono, por isso não se suportam, não convivem, mal se olham. Só mantêm contato estritamente necessário diante do vídeo ou fora dele.

Dudu apresenta a primeira metade do telejornal matinal do SBT; que dura quatro horas e meia; Marcão, a segunda parte.

Há dois anos os dois se recusam a tirar férias, emendar feriados e, exceto em casos absolutamente impossíveis de lidar --como doença e trânsito--, jamais faltaram um só dia ao trabalho, de segunda a sexta.

"São funcionários exemplares", uma telespectadora de bom coração poderia pensar. Bom, nem tanto.

O que eles têm também é medo. Do sucesso do rival.

Medo de tirar férias ou folga, de faltar um dia apenas, e aí o arqui-inimigo assumir o jornal inteiro e o ibope... melhorar! Pavor do sucesso do antagonista.

(pausa para imaginação: Assim como em novelas mexicanas, podemos imaginar os dois âncoras, Dudu e Marcão, em suas residências, sendo bajulados por amigos interesseiros enquanto ficam se olhando no espelho do closet enorme gritando ameaças imaginárias ao rival.  "Aquele cão maldito!"; "Ele não passa de um vermezinho espinhento!")

Pelo segundo ano consecutivo os dois âncoras do SBT também se recusaram a folgar no Natal e no Ano Novo.

Essa picuinha está gerando um problema extra ao departamento de Recursos Humanos do SBT.

O RH tem obrigação de informar a cada funcionário que ele tem de tirar férias, folgas, mas quem tentou falar com os "estrelos" a respeito levou um "corre".

O caso deve agora subir para "instâncias superiores" no RH da emissora.

Outro efeito indireto dessa rivalidade é que o SBT não pode testar ou experimentar outros profissionais no telejornal. Porque os titulares não dão espaço.

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