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Ricardo Feltrin

"Encrenca" dispara faixa nobre da RedeTV, mas segue longe do "Pânico"

Elenco do humorístico "Encrenca", da Rede TV! (ao centro, Ricardo de Barros, superintendente da RedeTV) - Divulgação/RedeTV
Elenco do humorístico "Encrenca", da Rede TV! (ao centro, Ricardo de Barros, superintendente da RedeTV) Imagem: Divulgação/RedeTV

Colunista do UOL

03/07/2019 12h42

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Podemos dizer que a década atual para a RedeTV se divide entre antes e depois do humorístico "Encrenca", que completou cinco anos no ar.

Programa barato, minimalista, simples, popularíssimo, ele geralmente é comparado como uma espécie de "continuação" ou prolongamento da internet na TV aberta.

Desde sua estreia o "Encrenca" praticamente dobrou não apenas o ibope no seu horário, mas o de toda a faixa nobre dominical da emissora (18h à 0h).

Em 2013, sem atração, a média de ibope da RedeTV domingo à noite era de 1,5 ponto e 2,7% de share. Ou seja apenas 2,7 em cada 100 aparelhos de TV ligados na emissora.

Este ano, comparativamente, esses índices estão em 4,4 pontos e 7,0% de share. O número de TVs ligadas mais que dobrou, portanto.

O "Encrenca" vem registrando médias 7 a 8 pontos em SP, com 10% de share. Também já é um programa rentável. Há filas de interessados em merchans. Seus integrantes também estão faturando bem como garotos-propaganda.

Dito tudo isso, o programa --idealizado pelos "encrenqueiros", por Marcelo de Carvalho, vice da RedeTV, e Ricardo Barros (superintendente da emissora), ainda tem algumas metas a bater.

A primeira e mais almejada é alcançar uma média estável de pelo menos dois dígitos em pontos em SP. Picos de dois dígitos de audiência já ocorreram, mas a intenção é obter isso de média.

Um segundo objetivo menos comentado e mais difícil de atingir é fazer o "Encrenca" superar a média de audiência no "Pânico", que trocou a RedeTV pela Band em 2012, provocando a ira, a mágoa e a sanha por vingança nos sócios Carvalho e Amilcare Dallevo.

Ainda falta muito para esse objetivo ser alcançado, mas é bom lembrar que o "Pânico", assim como o "Encrenca", também demorou quase cinco anos para começar a marcar índices que fizessem diferença em todo o horário nobre.

No entanto, o "Pânico", em seu auge, não raras vezes chegou a marcar 10, 11 ou 12 pontos de média em São Paulo (cada ponto hoje vale por 73 mil domicílios)

No entanto, aquele humor era bem mais escrachado e, digamos, apelativo do que o do "Encrenca".

Tatola, Dennys, Ricardinho e Ângelo ainda têm contratos válidos até 2022. É preciso correr, mas quem sabe ainda talvez dê tempo.

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