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Ricardo Feltrin

Anatel: TV paga perde quase 3,3 milhões de assinantes em 5 anos

Público da TV por assinatura cai por causa da crise econômica e pelas novas opções de entretenimento - iStock/Getty
Público da TV por assinatura cai por causa da crise econômica e pelas novas opções de entretenimento Imagem: iStock/Getty

Colunista do UOL

06/08/2019 00h18

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Uma das mídias mais afetadas pelas mudanças digitais da última década, a TV paga continua a perder assinantes de forma constante no Brasil. É uma tendência óbvia, segundo dados da Anatel compílados pela coluna.

Os dados mais recentes da agência apontam que a TV por assinatura fechou junho com 16,7 milhões de pontos pagantes no Brasil, uma queda de cerca de 3,3 milhões desde 2014, quando beirou os 20 milhões de clientes.

É a primeira vez que o número de assinantes fica abaixo de 17 milhões.

Segundo a Anatel esses 16,7 milhões de domicílios representam uma perda de 1,23 milhão de assinantes nos últimos 12 meses.

Praticamente 50% desses assinantes recebem o serviço pela Claro-Net (49,2% do mercado); seguido pela Sky (4,99 milhões, ou 29,9% do mercado); Oi (1,58 milhões e 9,48%) e Vivo, a quarta colocada agora, com 1,46 milhão de assinantes e 8,74% do universo de pagantes).

Com exceção da Oi, que apresentou um crescimento pífio de 1,77% em 12 meses, todas as outras operadoras perderam parte de sua base de assinantes.

São vários os motivos costumeiramente listados para essa decadência: novas mídias ofertadas (como internet, as redes sociais e o streaming), crise econômica, desemprego, o valor dos pacotes e, claro, a pirataria, que já alcança mais de 3 milhões de domicílios no país e causa bilhões de prejuízo.

Apesar dessa perda, alguns setores da TV paga continuam altamente lucrativos, como as assinaturas PPV de esportes e canais adultos --que somam cerca de 400 mil assinantes fixos no país.

Apesar da perda de assinantes, a TV paga no Brasil vê seu tempo de consumo crescer, como informou com exclusividade o colunista Maurício Stycer, do UOL, no último dia 31 de julho.

Também é importante lembrar que, para os anunciantes, a TV paga continua a ter grande importância dado que seu público --teoricamente-- tem maior poder aquisitivo.

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