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Ricardo Feltrin

Sites pirateiam canais de TV, streaming e dão até "bônus" a assinantes

Tela de opções em site que oferece TV paga e streaming ilegamente - Reprodução
Tela de opções em site que oferece TV paga e streaming ilegamente Imagem: Reprodução

Colunista do UOL

29/08/2019 16h20

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O nível da pirataria subiu mais um degrau na escala de desfaçatez e também em sua variedade e qualidade tecnológica.

A coluna contou mais de 10 novos sites dessa modalidade em operação no Brasil (certamente devem ter outros).

Em alguns sites os assinantes não só são estimulados a fazer assinatura como também se tornar revendedores do serviço, numa espécie de "sistema de vendas piramidal".

Há vários planos que vão de R$ 20 a R$ 50 mensais para ter acesso a absolutamente qualquer conteúdo não só das operadoras de TV -incluindo PPV e canais eróticos, por exemplo- como também a conteúdo fechado de plataformas como GloboPlay, HBO Go, Netflix e até mesmo A Casa das Brasileirinhas, um serviço de assinatura adulto.

Nas propagandas, os sites permitem inclusive um "período de experiência" de até seis horas, além de outros "benefícios", como poder controlar o que seus filhos estão assistindo (impedi-los de ver filmes pornôs, por exemplo).

StarBR, IPTV3Mega, MelhorIPTV, IPTVDuo, MetaTVonline, Playmove.TV, ListaIPTV, IPTV-Extreme são só alguns dos "fornecedores" desse serviço.

Segundo a ABTA (Associação Brasileira de TVs por Assinatura), são ilegais. Eles são meros piratas de sinal e de conteúdo alheio, e estão sujeitos às punições das leis.

A GloboPlay e a Netflix já foram informadas da atuação dessa nova modalidade de pirataria, mas não foram divulgadas estratégias de combate.

A ABTA informou que vai tomar todas as medidas legais e cabíveis a respeito do assunto.

No ano passado, como esta coluna informou com exclusividade, o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo condenou o dono do canal Café Tecnológico em R$ 25 mil por postar um material didático (tutorial) ensinando a instalar programas para assistir canais e conteúdo pirateado.

Outro lado

A coluna tentou localizar alguns responsáveis pelos sites, por email ou por meio do chat de atendimento aos "clientes". Não obteve sucesso até a publicação desta coluna.

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