Topo

Ricardo Feltrin

Prioli faz publicidade de vitamina e recebe críticas no Instagram

Gabriela Prioli, comentarista da CNN Brasil e professora de Direito - Reprodução / Internet
Gabriela Prioli, comentarista da CNN Brasil e professora de Direito Imagem: Reprodução / Internet

Colunista do UOL

08/06/2020 00h09

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Gabriela Prioli, advogada e comentarista da CNN Brasil, fez neste domingo à noite (07) um post patrocinado ("publipost") em seu perfil no Instagram. A postagem causou furor nos seguidores e muitas críticas.

Ela indicou um suplemento alimentar (vitamina D) recomendado por seu nutrólogo, Eduardo Rauen, e atraiu com isso milhares de comentários (boa parte deles só com críticas e algumas ofensas).

"Uma dica para vcs que, assim como eu, estão longe do sol (...) Conversem com o médico de vocês! Addera é a vitamina D mais vendida do Brasil", postou Gabriela, incluindo em seguida a hashtag #publi —que é o indicativo que mostra que um post é pago.

"Me desculpa, mas fico triste com seu posicionamento. Cabem aos médicos receitar ou não esse tipo de medicação", ralhou a internauta MFatimaCastro.

"Gabi conquistou um público defendendo evidências e senso crítico e dá dica de suplemento? Lugar de fala de profissional de saúde", protestou Gabi Manco.

"Você é fundamental nos debates e comentários políticos. Deixe saúde para medicina, indique livros, filmes, mas remédio, não! Nunca!", reclamou Edith Gon.

Houve críticas mais agressivas também:

"Se você é capaz de se vender por publi, imagina na política, onde o jogo é bruto e milionário. Desnecessário. Decepcionada", lamentou Karina Juca.

Simpática e solícita, Gabriela até procurou responder às críticas, mas foi vencida pelo volume: eram quase 2.000 mensagens até por volta das 22h30 deste domingo (07). Uma minoria bem barulhenta perto do número de curtidas —foram mais de 50 mil.

Outro lado

Procurada pela coluna para falar sobre a repercussão, Prioli afirmou que não é a primeira vez que fez publicidade, e que precisa fazer para sobreviver e manter seu trabalho e sua equipe.

"Embora eu compartilhe conteúdos de forma gratuita no meu Instagram e no YouTube, a produção desses conteúdos não gratuita. Eu tenho uma equipe e eles recebem pra trabalhar. Eu investi dinheiro que eu tinha ganhado na advocacia durante muito tempo. Hoje, eu me dedico só à comunicação e ganho dinheiro pra continuar produzindo o conteúdo."

E continuou:

"Para fazer qualquer publicidade, eu penso e estudo muito antes. Nesse caso, foi, inclusive, mais fácil: eu tomo a vitamina D, como tomo outras vitaminas. O médico marcado no post é de fato o meu médico. E eu indico na legenda e nos stories 'consultem o seu médico' e #publi. Tudo explícito como deve ser", disse.

"Já me associei a marcas ganhando pra isso, os posts estão todos identificados, e já me associei a marcas pagando pra isso, como quando comprei 800 livros pra dar de presente pro pessoal", afirmou.

Sobre seu limite de ação ela disse: "Faria (publicidade) de qualquer produto que eu consuma e acredite. Não faria se achasse o produto ruim ou se pedissem, de alguma forma, que eu moderasse o tom ou deixasse de falar algo".

Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram e site Ooops